As tecnologias mais
promissoras para 2004
O TechLab (laboratório de pesquisas e análise de tecnologias) da
E-Consulting® Corp. anunciou as principais tendências tecnológicas
para os negócios este ano. A empresa divulga o estudo anual 7 Hot Techs
2004, que antecipa e analisa as tecnologias consideradas mais
importantes para os mercados de TI e Telecom no País. São elas:
1. BPM (Business Process Management), base para Web Services ¿ ou o
redesenho da arquitetura de processos a partir da distribuição de
componentes em redes remotas colaborativas ¿ e Metodologias de gestão
de projetos e recursos de TI (PMI, ITIL, ICMM, SLA, SLM etc), porque
planejamento e normatização passam a ser exigências do mercado;
2. Comunicação de dados móveis de banda larga (GSM/GPRS e CDMA
1xRTT), já que mobilidade aliada à profundidade é o caminho natural
da convergência utilitária de meios e padrões, segundo o relatório
da E-Consulting;
3. Modelos para redes solidárias, como grid computing e thin
computing. Maximização de capacidades com leveza operacional gera
eficiência e eficácia;
4. VoIP (Voice Over IP), porque o usuário corporativo precisa
maximizar o valor (ROI) de suas infra-estruturas de conectividade, banda
e capacidade;
5. Instant messaging applications, inclusive via aplicações móveis,
como Bluetooth, pelo motivo da comunicação C2C ser a base da construção
de comunidades;
6. Smart applications, como smartcards (que começa a adentrar o
varejo). De acordo com a análise, nanotecnologia e computação ubíqua
são o caminho da evolução do desenvolvimento tecnológico e de seus
devices;
7. Open standards, padrões abertos que garantem interoperabilidade
para infra-estruturas, aplicativos e plataformas, proporcionando geração
de conhecimento comunitária e rediscussão dos modelos de propriedade
intelectual e padrões de proteção de valor, como registros e
patentes.
"Procuramos selecionar as tecnologias que ainda não estão em
voga ou merecem maior destaque no cenário nacional, porém que
certamente irão causar impacto na forma como serão realizados os negócios
nos próximos anos. São tecnologias nas quais os CIOs, CTOs e CEOs têm
de começar a pensar a partir de agora, para que suas empresas se
mantenham competitivas no futuro¿, explica Daniel Domeneghetti, diretor
de Estratégia e Conhecimento da E-Consulting e vice-presidente de
Conhecimento e Métricas da Camara-e.net.
"Com isso, procuramos fugir das tradicionais apostas norteadas
pela indústria, que, no fundo, funcionam como a postulação do óbvio.
Dizer que CRM, E-Learning, E-Business, Portais Corporativos,
Gerenciamento do Conhecimento e Linux serão ou continuarão a ser a
bola da vez não é um serviço de valor, porque é óbvio",
comenta Paulo Henrique Rocha, consultor Senior do Tech Lab da
E-Consulting.
7 Hot Techs 2003
Em 2003, a E-Consulting indicou as seguintes tecnologias: GSM;
Bluetooth; Biometria; J2ME (Java 2 Micro Edition); Web Services;
Plataforma .NET; e NGNs (Next Generation Networks). "Todas as
nossas escolhas, feitas no início do ano passado, foram acertadas ¿ e
podem ser consideradas contínuas em 2004", afirma Denis Sperate,
coordenador do TechLab da E-Consulting.
GSM
"O ano de 2003 foi ótimo para a telefonia móvel no
Brasil", assinala Nestor Garcia, coordenador do SRC (Strategy
Research Center ¿ Centro de Pesquisas em Estratégia) da E-Consulting.
Segundo a empresa, a base de celulares GSM cresceu cerca de 67% no ano
passado, mais do que qualquer outro padrão de telefonia móvel. "O
início do processo de consolidação do setor de telefonia fez com que
usuários TDMA, como no caso da BCP, virassem usuários GSM da Claro,
por exemplo".
Bluetooth
A tecnologia Bluetooth evoluiu bastante desde a sua criação, em
1998. No ano passado, o mundo contava com 86 milhões de unidades de
utensílios compatíveis com a tecnologia, contra 42 milhões em 2002,
de acordo com a E-Consulting.
No Brasil, a empresa estima que existam hoje cerca de 90 mil aparatos
compatíveis com a tecnologia, utilizados principalmente no varejo
(lanchonetes, restaurantes etc.) e em infra-estrutura de conectividade
(redes de computadores).
Biometria
No ano passado, o mercado de Biometria (hardware, software e serviços)
registrou crescimento mundial de 85,3% em relação a 2002, alcançando
volume de cerca de US$ 830 milhões.
Diversas iniciativas no País tiveram sua implementação iniciada,
fazendo com que o mercado chegasse a US$ 1,2 milhão em 2003. O TechLab
da E-Consulting prevê para este ano um crescimento de 36% no mercado de
Biometria no país.
J2ME
Uma série de empresas dos setores automotivo e de telecomunicações,
principalmente aquelas atuantes no ramo de telefonia móvel, acreditaram
e investiram na plataforma J2ME em 2003. "Este ano, as operadoras
nacionais de GSM, por exemplo, devem investir cerca de US$ 5 milhões em
projetos-piloto na plataforma", afirma Garcia. "Comércio e
varejo devem vir no bojo", acrescenta.
Web Services
De acordo com pesquisa do Centro de Pesquisas em Estratégia da
E-Consulting, cerca de 47% das grandes e médias empresas brasileiras
entrevistadas (de um total de 287) pretendem implementar projetos
utilizando as tecnologias de Web Services até 2008.
.NET
O ano de 2003 também foi positivo para a plataforma de
desenvolvimento da Microsoft, bem como para seu grande concorrente - o
Java. "O mercado a ser explorado pela Microsoft, no entanto, ainda
é incipiente", diz Rocha.
Segundo a E-Consulting, .NET é a plataforma de desenvolvimento que
mais terá projetos-piloto de novos aplicativos em 2004. "São
mundos de recursos investidos pela Microsoft para gerar uso para a
plataforma e mundos de recursos investidos pelo resto da indústria para
inibir este processo, tendo no Java e nos padrões abertos, como o Linux,
a ponta de lança da batalha. A pergunta que não quer calar é: irá a
Sun abrir seus códigos para a comunidade?", questiona Rocha.
NGN
Conforme anunciou a E-Consulting, em 2003 ocorreram as primeiras dez
instalações de redes de próxima geração (NGN), instaladas na América
Latina (Brasil Telecom e Telefônica). "Empresas como a Siemens e a
Promon destacaram-se nesse cenário no Brasil no ano passado. Essa
tecnologia não tem como não crescer", analisa Sperate.
B2B Magazine
|