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Filmadora da Sony usa DVD para
gravar vídeos
da Folha Online
A Sony apresentou nesta segunda-feira, no Japão, sua mais nova filmadora
digital. A maior novidade do modelo DCR-DVD201 é que ela usa um disco de DVD
para gravar as imagens. O disquinho tem tamanho reduzido --8 centímetros de diâmetro--
e pode guardar até 60 minutos de vídeo digital.
A DCR-DVD201 pesa cerca de 400 gramas e é equipada com um sensor de 1,07
megapixel e lentes com zoom óptico de 10x. A câmera também serve para bater
fotos digitais e vem com tela de LCD (cristal líquido) de 2,5 polegadas para
visualizar as imagens. O equipamento conta ainda com um programa de computador
para edição do material registrado.
O novo modelo deve começar a ser vendido no Japão em março, por cerca de US$
1.200. Nos Estados Unidos, a previsão é de que a câmera seja lançada em
abril, custando cerca de US$ 1.000.
Os portais e sua complexidade
Uma mistura de talento e grandes investimentos.
Criar e manter um portal corporativo não é tarefa simples. Afinal, a proposta
é em si mesmo ambiciosa, uma vez que um Portal pretende criar, em última instância,
um local de vivência para o trabalhador do conhecimento.
Na WI Intranet,
lista de discussão que modero, volta e meia debatemos esta questão. E já é
lugar comum dizerem por lá que, para alcançar sucesso em intranets e portais,
as definições tecnológicas não são as mais importantes. Muitos outros
pontos, principalmente os que envolvem as pessoas e os processos, surgem como
mais complexos do que a escolha do software que vai estruturar o Portal, não
resta dúvida.
Entretanto, o justo destaque a estas questões não-tecnológicas não deve
ofuscar o fato de que também pelo ponto de vista de TI os portais são um
grande desafio.
Legado: o passado é uma bola de ferro
O primeiro grande peso que qualquer portal corporativo tem que carregar é o dos
dados e sistemas legados. A analogia com aquelas bolas de ferro, presas às
pernas dos presidiários nos desenhos animados, não é exagerada, garanto.
Basta lembrarmos que a evolução da informática foi vertiginosa nos últimos
vinte anos. E não é nada fácil arrancar dados dos velhos mainframes – os
computadores de grande porte – para serem utilizados nos atuais sistemas web-based.
Vem daí as tentativas no sentido de “empacotar” dados, tornando-os
intercambiáveis, com destaque para os webservices e a dupla XML-SOA.
Talvez você possa estar se perguntando se não poderíamos simplesmente deixar
o legado no passado. Na maioria dos casos, a resposta é uma só: não. Basta
lembrar que o portal corporativo pretende concentrar o acesso dos colaboradores
aos dados e sistemas estratégicos, principalmente. Como os legados, por definição,
estão ligados ao histórico das companhias, quase sempre este viés estratégico
está presente, tornando-os indispensáveis.
Estruturação e compartilhamento
Outro enorme desafio está em conciliar uma complexa estruturação dos dados e
informações, aliada a um também complexo processo de compartilhamento.
Analisando o gráfico acima, podemos ver com mais clareza esta questão.
Considerando estas duas variáveis – grau de estruturação e grau de
compartilhamento –, o ponto zero é a computação pessoal (1). Ao avançarmos
no sentido de uma maior estruturação, ainda que com compartilhamento reduzido,
chegamos aos sistemas departamentais (2), consideravelmente mais complexos. Da
mesma forma, complexos são os sistemas gerenciais institucionais (3), que têm
estruturação menor do que os departamentais, mas devem atender a toda a
companhia. No último degrau da escada, alcançando a todos e oferecendo, ao
mesmo tempo, grande estruturação, estão os sistemas corporativos (4) – e um
portal é um belo exemplar desta classe.
Ameaça ou oportunidade?
Como se vê, montar um portal Corporativo “não é bolinho”, como diria o
nosso editor. :o)
De um lado, uma das maiores missões de um portal é colocar ordem no caos. Isso
se dá por meio de uma forte estruturação, de modo a facilitar o acesso aos
arquivos que realmente interessam – inclusive os legados. Não por acaso o
interesse pela área de arquitetura da informação cresce a cada dia.
De outro, um portal só é portal se alcançar um grande número de
colaboradores. Assim, o compartilhamento, via rede, está na sua raiz. Aliado à
estruturação, ele assume o papel de filtrar o mar de informações – que
tanto nos imobiliza –, entregando aos colaboradores aquilo que é mais
relevante para o desempenho de suas funções e facilitando o seu acesso a tudo
que possa contribuir para seu crescimento profissional.
Não bastassem estes dois grandes desafios – o legado e a dupla estruturação/compartilhamento
–, ainda existem muitos outros problemas exclusivos da área de TI para a criação
de um portal corporativo, que requerem não só talento, mas também grandes
investimentos.
Some-se a isso questões tão ou mais complexas, ligadas a administração,
motivação, mapeamento de processos (e até filosofia de gestão), e teremos um
grande problema pela frente – ou um grande desafio, tão estimulante quanto
complexo. [Webinsider]
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