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Hardware será
quase gratuito em 10 anos, diz Gates
Os custos com hardware cairão acentuadamente dentro de uma década,
até o ponto em que a disseminação da computação acionada
por voz ou por comandos manuscritos deixará de ser limitada
pelo preço da tecnologia, disse o presidente do conselho da
Microsoft, Bill Gates.
"Dentro de dez anos, em termos de custos reais, será
possível pensar no hardware como praticamente gratuito. Não
estou dizendo que será completamente gratuito, mas em termos
de potência dos servidores, o poder das redes não será mais
um fator de limitação", disse Gates, em referência às
redes de computadores e aos ganhos de velocidade da Internet.
A Microsoft muitas vezes divergiu da indústria de hardware
nos últimos 20 anos, dada a posição dominante que a
companhia mantém devido ao domínio do Windows sobre os
computadores pessoais.
A maior produtora de software do mundo está apostando que
os avanços no hardware e na computação tornarão possível
aos computadores interagirem com usuários por meio de
comandos de voz, e que computadores capazes de reconhecer
comunicação manuscrita se tornarão tão onipresentes quanto
o Windows, que aciona mais de 90% dos PCs no mundo.
"Muitos dos grandes sonhos da informática perseguidos
nos últimos 30 anos serão alcançados nos próximos dez. A
tecnologia de fala estará presente em cada aparelho e haverá
um aparelho em formato reduzido que as pessoas poderão
carregar para onde forem", disse Gates durante o Gartner
Symposium ITxpo, organizado pelo Gartner Group, que pesquisa
tecnologia da informação.
De fato, a Microsoft já vende software para esse tipo de
produto, dirigido principalmente a empresas em vez de
consumidores individuais. Na semana passada, a companhia lançou
o Speech Server, para empresas que desejam desenvolver
centrais telefônicas automatizadas.
Gates disse também que os avanços em programação
permitirão que os criadores de software desenvolvam
aplicativos em menos tempo, usando representações visuais do
funcionamento interno de um programa, em lugar de redigirem código
de programação.
A Microsoft planeja investir US$ 6,8 bilhões em pesquisa e
desenvolvimento em seu atual ano fiscal, que se encerra em
junho, durante o qual, segundo Gates, muitos avanços em
reconhecimento de voz e outras tecnologias vêm sendo
conquistados pela empresa. Apesar disso, o executivo voltou a
afirmar que a melhoria da segurança e confiabilidade de
software continuam sendo a prioridade da companhia.
A Microsoft prepara a nova versão do Windows, chamada por
enquanto de Longhorn, que deve ser lançada em 2006, segundo
estimativas de observadores e analistas da indústria. O novo
sistema terá recursos de segurança aprimorados em relação
ao Windows XP.
"As pessoas estão especulando que lançaremos em
algum momento de 2006, e isso é provavelmente uma especulação
válida, mas este não será um lançamento pressionado por
datas", disse Gates.
Reuters
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