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Ciência
simula memória humana curta em computador
Emerson Rezende
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados
Unidos, construíram um modelo em computador que simula as funções de
uma pequena rede de neurônios situada no córtex pré-frontal do cérebro,
responsável pelos registros de memória de curto prazo, além de algumas
funções cognitivas. Eles dizem que esse processo de formação de
pequenas redes de informação é bastante comum no nosso dia-a-dia.
Um exemplo é o famoso
programa de inteligência artificial desenvolvido pela University of
Virginia chamado Oracle
of Bacon, cujo poder é relacionar qualquer ator de cinema do
mundo com o ator norte-americano Kevin Bacon em apenas seis passos.
Já foi lançada uma versão
vitaminada do programa: agora ele é capaz de relacionar todo e qualquer
ator entre si. Basta entrar no Star
Links e se divertir. O site da New
Cientist diz que a partir dessas pesquisas começa-se a pensar
que o tamanho dessas redes é irrelevante, já que dois pontos dentro dela
podem ser facilmente alcançados por meio de um pequeno número de conexões.
Ao que tudo indica, esse sistema de memória funciona da mesma forma
quando nos lembramos de informações que nos vêm à mente de forma freqüente,
como números de telefone, por exemplo.
A doutora Patricia
Goldman-Rakic da Escola de Medicina da Yale, que morreu
recentemente, havia sugerido que os neurônios do córtex pré-frontral são
capazes de manter dois estados elétricos, o que se chama de
bi-estabilidade. Quando estão armazenando dados, os neurônios geram
pulsos elétricos que se mantêm ativos por algum tempo. Quando não estão
em uso, ficam quietos.
O que intriga os
cientistas é como o cérebro controla esse comportamento, já que essa
região do cérebro é rica em variedade de neurônios. O desafio agora é
construir computadores tão complexos quanto essas cadeias neuronais.
Magnet
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