FBI prende cracker que roubou
código do AltaVista
SÃO PAULO - Laurent Chavet foi
preso pelo FBI na semana passada sob suspeita de ter roubado o código fonte do
sistema de busca AltaVista há dois anos. Coincidência ou não, o cracker
trabalhava atualmente na Microsoft, na divisão MSN Search.
A Microsoft anunciou
recentemente que vai redesenhar totalmente sua ferramenta de busca, hoje baseada
em uma tecnologia licenciada pela Inktomi, divisão da Yahoo!. Uma versão prévia
do novo sistema foi liberada para testes na semana passada.
Chavet foi funcionário da
AltaVista mas, segundo os federais, acessou ilegalmente os sistemas da companhia
entre março e junho de 2002, período em que não trabalhava mais lá. O FBI
disse ao jornal Seattle Post Intelligencer que o cracker copiou para seu
computador pessoal uma tecnologia patenteada para a realização de pesquisas na
web.
A Microsoft admitiu que Chavet
fazia parte de seu quadro de funcionários, mas não confirmou para o jornal em
que divisão ele trabalhava - a informação de que o cracker fazia parte da
equipe MSN Search e que era visto como "especialista em tecnologia de
busca" veio de outros empregados da companhia. Por meio de um porta-voz, a
empresa só declarou que "exige que seus funcionários sejam honestos, éticos
e ajam dentro da lei".
Após sair da AltaVista e antes
de entrar na Microsoft Chavet trabalhou no laboratório de pesquisas da IBM em
Almaden, conta a matéria. As acusações contra o cracker - que é francês e
teve o passaporte confiscado - não afetam nem a Big Blue e nem a Microsoft,
tanto que o FBI não apreendeu máquinas em nenhuma das duas companhias.
A AltaVista avaliou os danos
causados por Chavet com a invasão dos sistemas em mais de 5 000 dólares - o
cracker disse ao FBI que acessou o sistema porque tinha "curiosidade em
acompanhar a evolução da ferramenta". O caso será julgado por uma corte
de San Francisco especializada em crimes de computador; a primeira audiência
acontece no próximo dia 20.
Renata Mesquita, do Plantão
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