Filmadora digital da JVC tem
disco rígido
Folha de S.Paulo
Destaque da feira Photokina, a filmadora JVC GZ-MC200 (www.jvc.com.br),
que foi testada com exclusividade pela reportagem da Folha, tem uma
característica inovadora: não usa fitas nem DVDs. Os vídeos são gravados em
um microdisco rígido de 4 Gbytes.
O microdisco, que é fabricado pela Hitachi, parece um cartão de memória
comum, mas traz versões miniaturizadas de todas as peças presentes num disco rígido
convencional, como motor, prato e cabeça de leitura. Por isso mesmo, gasta bem
mais energia do que um cartão de memória (que não tem partes móveis).
A conseqüência é óbvia: durante os testes, a bateria da GZ-MC200 aguentou
apenas 66 minutos antes de precisar de recarga (e o zoom não foi utilizado; se
ele tivesse sido acionado, a autonomia seria ainda menor). Parte da
responsabilidade por isso é da própria bateria, cujas dimensões reduzidas
--um terço do tamanho de algumas baterias Sony-- impõem restrições à
autonomia.
O problema atrapalha o uso da câmera, o que é uma pena, pois a GZ-MC200 tem
recursos atraentes. Sua qualidade de imagem é boa --no modo Fine, que permite
gravar 92 minutos de vídeo, ela é similar à obtida com filmadoras digitais
amadoras--, e a câmera também tira fotos com resolução de 2 Mpixels (que
podem contar com o flash embutido na máquina). Cabem aproximadamente 8.000
fotos no microdisco.
Embora seja ultracompacta (7,4x5,6x9,4 cm), a GZ-MC200 não descarta recursos
presentes em câmeras maiores, como visor colorido e zoom óptico potente (10x),
e também pode ser usada como disco rígido portátil.
A GZ-MC200 grava os vídeos no tradicional formato MPEG-2 (o mesmo usado nos
DVDs), mas há um porém. Para abrir os filmes no computador, é preciso convertê-los
com um software especial (que não foi testado pela reportagem).
A GZ-MC200 é cara (custa R$ 8.999, o triplo de uma filmadora digital básica),
mas ostenta claro avanço tecnológico. A autonomia da bateria, excessivamente
baixa, é um problema crítico.
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