Indústria britânica começa a processar 'piratas'


A Indústria Fonográfica Britânica (BPI, na sigla em inglês) vai processar 28 pessoas acusadas de trocar arquivos de música pela internet ilegalmente.

A BPI diz ter como alvos "grandes uploaders" – aqueles que colocam arquivos de música online e os tornam disponíveis para compartilhamento gratuito com outros internautas.

O compartilhamento de arquivos de música na internet é apontado como a principal causa da queda na venda de CDs em todo o mundo.

Além da Grã-Bretanha, França, Áustria, Alemanha, Dinamarca e Itália também devem começar a levar à Justiça os internautas suspeitos.

'Sustento'

A decisão dos países europeus ocorre meses depois que a Associação da Indústria Fonográfica Americana (RIAA, na sigla em inglês) começou a processar usuários de internet pelo mesmo crime.

Mais de 5,7 mil pessoas já tiveram de enfrentar ações legais nos Estados Unidos desde então, muitos dos casos foram levados aos tribunais.

Agora 459 suspeitos estão sendo processados na Europa.

Os sites mais usados para o compartilhamento de música na internet são Kazaa, Grokster, Imesh, Bearshare e WinMX.

Desde março, a BPI já enviou mais de 350 mil mensagens para internautas avisando que esses sites estavam sendo observados.

"Essas pessoas estão colocando músicas na internet em larga escala, roubando de fato o sustento de milhares de artistas e das pessoas que investem neles", disse Peter Jamieson, diretor da BPI.

O órgão acredita que cerca de 15% dos internautas são responsáveis por 75% do download ilegal de música.

Apesar disso, a indústria fonográfica britânica mostra que a venda de CDs e singles no país está se recuparando, após anos de declínio.

 

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