Campeonato
de sexo desafia autoridades da Polônia
Os organizadores de uma
feira erótica na Polônia prometeram hoje desafiar a proibição
determinada pelo prefeito de Varsóvia e seguir em frente com a competição
em que se destacará a mulher que conseguir fazer sexo com o maior número
possível de homens. O "Eroticon", festival com quatro dias de
duração e que foi inaugurada hoje na capital polonesa, planeja organizar
a competição para as mulheres, apelidada de "campeonato mundial de
sexo", apesar da ordem da prefeitura de suspendê-la.
"A competição será
realizada", disse Krzysztof Garwatowski, porta-voz dos organizadores,
que aparentemente contam com a publicidade gerada pela polêmica para
atrair público. "No ano passado, a feira teve mais de 11 mil
visitantes. Com toda a publicidade que o prefeiro gerou para nós,
esperamos nos sair ainda melhor neste ano", disse Garwatowski à AFP.
O gabinete do prefeito
informou na véspera que contactou o escritório do ministério público
de Varsóvia, denunciando os organizadores do evento, a editora de uma
revista para adultos, de proxenetismo, crime passível de até três anos
de prisão.
"Nós não estamos
desobedecendo a lei. Não vemos qualquer razão para deixarmos Varsóvia só
porque um funcionário municipal não gosta do que fazemos", disse
Garwatowski. Ele disse que os organizadores irão processar o prefeito
Lech Kaczynski (extrema-direita) por difamação. "Não temos nada a
ver com prostituição", disse o porta-voz.
Durante vários dias,
grandes pôsters de publicidade foram colocados nas ruas de Varsóvia,
anunciando a quebra do "recorde mundial do sexo".
A Polônia, que tem uma
população 90% católica, é um país conservador, mas pornografia e
serviços sexuais são vendidos abertamente. Realizado num centro de
exposições perto de Varsóvia, a quinta edição do festival anual
Eroticon inclui cerca de 20 estantes que oferecem filmes pornográficos,
livros, lingerie e shows eróticos.
AFP
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