Governo
vai investir em computador popular
O governo tem nova agenda para o lançamento do computador popular e já
definiu mais detalhes do projeto, que pode custar de 200 milhões de reais
a R$ 250 milhões em subsídios. Para colocar à venda em março o
computador com preço ao consumidor em torno de R$ 1.000 em 24 parcelas, o
assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, está
desafiando fabricantes, varejistas e empresas de telefonia a montar consórcios
ainda em 2004.
A idéia, segundo
Alvarez, é apresentar o projeto formatado ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva já em janeiro e iniciar a produção logo depois. "Esse
cronograma tem 80% de chance de ser cumprido", afirmou o assessor,
listando fatores externos que poderiam levar a novo adiamento do projeto,
como problemas com importação de peças.
Em agosto já havia
planos de apresentar o projeto ao presidente Lula, o que indica atraso de
cerca de 5 meses. Mas a concepção do chamado "PC popular" é
ainda mais antiga. No governo Fernando Henrique Cardoso, o Ministério das
Comunicações chegou a lançar o conceito, mas o plano não foi levado
adiante. Desta vez a meta é vender 1 milhão de unidades no primeiro ano
e repetir a dose no segundo. Para alcançar o preço final ao consumidor
de R$ 1.000, o governo entraria com subsídio de R$ 200 a R$ 250 por peça.
A prestação para o consumidor ficaria entre R$ 50 e R$ 60.
A máquina seria equipada
com programas de computador livres, incluindo games, recursos para conexão
discada à Internet e 15 horas desse serviço por 5 reais ao mês sem
impostos. As redes de varejo, como Casas Bahia e Ponto Frio, estão
tomando a liderança no processo de formação de grupos de empresas para
assumir o projeto, segundo Alvarez. "Estou lançando um desafio:
montem seus grupos", disse.
Reuters
|