Produtor de celular chinês tem pressão das grandes
 


Gigantes mundiais dos celulares como Motorola e Nokia reorganizaram suas atividades na China. Por isso, a pressão volta a recair sobre os rivais locais, que haviam conquistado a dianteira da indústria local nos últimos anos. De junho para cá, raramente passa uma semana sem notícia de crise em uma ou outra das empresas chinesas do setor. Uma série de anúncios e reportagens na mídia local alerta sobre quedas nos lucros, problemas de crédito e inadimplência em pagamentos, para as fabricantes locais.

Os analistas dizem que, ao longo do ano passado, as multinacionais enfim aprenderam como concorrer com empresas chinesas como a TCL Communication, Ningbo Bird e Kejian, em um mercado que compra um em cada oito dos celulares vendidos mundialmente. Copiando os modelos de negócios das empresas locais, Motorola e Nokia lançaram aparelhos de baixo custo este ano, e reforçaram sua distribuição nas cidades menores e de renda mais baixa, que abrigam a maioria do 1,3 bilhão de habitantes da China.

Como resultado, os fabricantes chineses de celulares viram sua participação combinada no mercado do país cair a 38,3% em junho, ante 41,2% no final do ano passado, e ante um pico de 58,7% no final de 2003, de acordo com a Norson Telecom Consulting. "Até 2004, os fornecedores locais de celulares viram alta rápida em sua fatia de mercado", disse Chris Han, analista da Norson. "As principais vantagens deles eram a distribuição ampla e os baixos preços. Mas a maioria dessas vantagens desapareceu em 2004."

Os analistas dizem que os problemas do setor chinês de celulares provavelmente continuarão ao longo da maior parte do ano que vem, e que muitas das empresas menores abandonarão o setor ou fecharão as portas, com apenas alguns dos maiores fabricantes sobrevivendo. A China é o maior mercado mundial de celulares em termos de número de assinantes, com 350 milhões, e 100 milhões de unidades são vendidas no país a cada ano. Uma pesquisa recente estimou o total mundial de vendas celulares em 779 milhões de unidades, para 2005.


 Reuters

 
 
 

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