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Tecnologias de
cuidado com idosos são mostradas nos EUA
Um dia, as pessoas que sofrem do Mal de
Alzheimer poderão ter telefones que mostrem a elas a foto da pessoa que
está chamando e lembrem-nas de quem é a pessoa e qual foi a última vez
que se falaram. Também poderão caminhar sob um chão com sensores que
checam seu caminhar e soam um alarme se a pessoa cair. Estas e outras
novas tecnologias e serviços online voltados ao cuidado de pessoas
idosas estão à mostra na White House Conference on Aging,
realizada de 11 a 14 de dezembro nos Estados Unidos.
O objetivo é prover tecnologias que "ajudem os idosos e suas famílias
a viverem felizes e saudáveis em sua própria casa", disse Eric Dishman,
diretor global do Centro de Pesquisas e Grupo de inovação da Intel e
chairmando Centro Para Serviços e Tecnologias do Envelhecimento (Cast,
na sigla em inglês). "A tecnologia já transformou nossas vidas, do
e-mail ao MP3 e das compras online para as feitas via celular. Agora, é
hora da tecnologia para transformar a experiência de envelhecer", disse
à Associated Press o diretor executiva da Cast, Russel Bodoff.
A organização, ao lado da exibição de tecnologia, reúne 400 negócios,
grupos, universidades e outros que estão trabalhando para encontrar
novas maneiras de melhorar a vida das pessoas mais velhas. Há quatro
focos principais para as inovações, disse Dishman: prevenção de doenças,
diagnóstico o mais cedo possível, apoio para cuidadores e manutenção da
independência.
Um bom exemplo é o fone da Intel para aqueles em estágio inicial do
Alzheimer e que desenvolvem episódios de perda de memória. Uma tela como
a do PC fica perto do telefone. É o fim das pausas embaraçosas enquanto
o vovô ou a vovó que atendeu a chamada fica tentando lembrar quem é a
Cristine que está telefonando: a tecnologia mostra, na tela, a foto de
Cristine, quem ela é e a última vez que ela telefonou.
A Accenture tem um armário de remédios que pode ser programado para
saber (e informar) que remédios contém e quando eles devem ser
ingeridos. Uma câmera embutida escaneia o rosto da pessoa que está na
frente do armário e lembra a ela qual remédio deve ser tomado. Se a
pessoa pega o frasco errado, a mesma voz avisa sobre o erro.
O Congresso se preocupa muito com os erros médicos em hospitais,
disse Dishman, mas a maioria deles ocorre em casa. O armário de remédios
tem até mesmoum dispositivo que permite medir a pressão da pessoa, e
pode enviar a informação por e-mail para um enfermeiro ou médico.
Sensores no chão, desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa em Automação
Médica na Universidade da Virginia rastreia os movimentos do idoso. Eles
podem reconhecer mudanças no modo de caminhar da pessoa e detectar uma
queda, chamando um enfermeiro para ajudar. A equipe da universidade
também desenvolveu uma cama que monitora a respiração e os batimentos
cardíacos e, novamente, pode pedir ajuda se houver alguma alteração
súbita.
Reconhecendo que pessoas de todas as idades gostam de jogos, a
Universidade de Ciências Médicas Oregon desenvolveu videogames que medem
a destreza e a rapidez do jogador. Mudanças que possam indicar problemas
neurológicos são gravadas e podem ajudar os médicos a reconhecer padrões
que eles não notariam em consultas ocasionais.
Um relógio e um sistema computadorizado desenvolvidos pela Intel
rastreiam os movimentos das pessoas em suas casas. Se elas esquecem de
tomar seus remédios, o relógio se comunica com o computador para que
este lembre a pessoa. O usuário pode escolher como quer ser lembrado: a
frase "Agnes, é hora do remédio", por exemplo, pode aparecer na tela da
TV, ou o telefone pode tocar e lembrar a pessoa via voz ou por meio de
mensagem de texto.
A Philips Medical criou o Canal Motiva, um serviço de banda larga que
mostra, na tela do computador, uma espécie de assistente pessoal e
motivador para o indivíduo. Motiva pode providenciar lembretes e
recados, sugerir atividades físicas e dietas e permite ainda que o
usuário consulte uma engermeira com regularidade, a partir de sua casa.
Há até mesmo um robô desenvolvido pela Intouch Health para ser usado
em hospitais e centros de cuidados. Se um paciente cai no meio da noite,
por exemplo, o robô pode ir até onde ele está, com as pessoas que tomam
conta do paciente, e transmitir os acontecimentos para um médico
localizado em qualquer lugar, que pode indicar os cuidados a tomar com o
paciente.
E a Medic Alert, mais conhecida pelos braceletes que advertem sobre
alergias ou outros problemas médicos, agora tem um cartão de memória
flash que dá acesso a todo o histórico médico do paciente. Um médico ou
um atendente em um plantão de emergência, por exemplo, pode simplesmente
plugar o cartão em qualquer computador para saber, de imediato, as
informações médicas antes de tratar a pessoa.
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