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Cúpula internacional vai discutir apostas via Internet
O Governo britânico acolherá este ano a primeira cúpula internacional
sobre jogos e apostas pela Internet em uma tentativa de proteger os
menores e prevenir sua utilização para a lavagem de dinheiro e outras
atividades ilegais. A informação foi publicada na edição de hoje do
jornal Financial Times, segundo o qual Londres quer que medidas
que impeçam as crianças de acessar esse tipo de portal da Internet sejam
aplicadas em escala internacional.
"É um problema global, que requer uma
solução igualmente global, e por isso se trata de uma cúpula tão
importante", afirma a ministra de Cultura do Governo trabalhista, Tessa
Jowell. O Reino Unido se transformou no ano passado no primeiro país
industrializado a introduzir um marco regulador desse tipo de atividade,
a chamada Lei do Jogo.
No entanto, assinala o jornal, os
membros do Governo trabalhista reconhecem que o Reino Unido está isolado
nesse tema, já que outros países, e especialmente os Estados Unidos,
negam-se a regular a indústria do jogo.
O setor atravessa uma fase de rápido
crescimento. Segundo um relatório de Dresdner Kleinwort Wasserstein e
Global Betting and Gaming Consultant, a atividade gerou no ano passado
no mundo todo receitas da ordem de US$ 9,3 bilhões, número que poderia
dobrar este ano.
Segundo o FT, Austrália, África do Sul
e Nova Zelândia saudaram a iniciativa britânica. Londres convidou também
países que acolhem esse tipo de atividade pela Internet como Malta,
Costa Rica e Antígua.
Não se sabe se os Estados Unidos
enviarão representantes à cúpula. Apesar de ser o maior mercado do setor
de jogos e apostas pela Internet, nos EUA reina uma incerteza legal
sobre a atividade.
Assim, fracassaram tentativas
sucessivas de impedir as apostas pela rede, apesar de alguns
congressistas, como o senador republicano John Kyl, terem tentado
introduzir medidas legislativas para proibi-las.
EFE
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