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EUA testam rede inteligente de
consumo de energia
Dentro de dez anos, redes de eletricidade inteligentes, capazes de
transmitir informação para eletrodomésticos igualmente espertos, podem
resultar em economia de energia suficiente, nos períodos de pico, para
evitar que as distribuidoras de energia tenham necessidade de construir
dispendiosas subestações e linhas de transmissão de alta capacidade. Por
isso, os Estados Unidos iniciam este mês uma experiência de um ano de
duração: aquecedores de água, aparelhos de ar condicionado, secadoras e
outros eletrodomésticos - conectados sem fio a computadores domésticos
via banda larga com as distribuidoras locais de energia - reduzirão ou
suspenderão seu consumo de energia dependendo da demanda que a rede como
um todo atingir.
Cerca de 300 residências nos estados de
Washington e Oregon se ofereceram para participar do estudo GridWise,
conduzido pelo Pacific Northwest National Laboratory, do Ministério de
Energia norte-americano. Entre outros participantes da experiência, cujo
custo deve ficar entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões, estão IBM,
Bonneville Power Administration e Whirlpool.
"Criar uma rede mais inteligente e
conectá-la a residências nas quais os usuários administram o consumo de
energia ¿ com o incentivo de pagamentos em dinheiro pela redução nos
momentos de maior demanda ¿ poderia resultar em uma economia de US$ 80
bilhões de dólares ao longo de 20 anos em custos de infra-estrutura de
energia ¿ como, por exemplo, linhas de transmissão de alta voltagem que
não precisariam ser construídas", explica Ron Ambrosio, da IBM.
"Se conseguirmos distribuir mais
energia usando os ativos já instalados, podemos ajudar os moradores e
oferecer incentivos de preço para que eles usem mais energia à noite ou
em momentos de baixo uso", afirma Rob Pratt, administrador do programa
GridWise, em entrevista por telefone.
"No futuro, o uso administrado pelos
consumidores será parte tão importante da rede quanto o abastecimento de
energia em si", concluiu.
Reuters
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