|
Só 16% dos latino-americanos usam
habitualmente a Internet
O uso da Internet ainda não se consolidou na América Latina, onde só 16%
da população consulta habitualmente a "rede de redes", segundo dados da
Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib) divulgados hoje em Madri. O
uruguaio Enrique Iglesias, secretário-geral ibero-americano, destacou,
durante a apresentação do Dia Mundial da Sociedade da Informação, que,
dos quase 600 milhões de pessoas que vivem na América Latina, só 92
milhões usam a rede.
Iglesias pediu incentivo à Sociedade da
Informação no espaço ibero-americano, ação que é necessária já que "as
comunicações se transformaram no século XXI no centro nervoso da
sociedade" e "penetraram em todos os âmbitos" da vida dos cidadãos.
"Os países do espaço da região
ibero-americana necessitam dar impulso à disponibilidade e utilização
das tecnologias da informação se não quisermos aumentar o fosso entre o
bem-estar e a produtividade da América Latina" e o dos demais países,
disse Iglesias.
Ele ressaltou que a diferença entre as
nações é "enorme". Enquanto "Chile e Espanha têm índices de penetração
(da Internet) entre 35 e 37%", em outros países da região os usuários
"não chegam a 3% da população". Entretanto, destacou, também há números
animadores. "Nos últimos cinco anos, o número de usuários de Internet na
América Latina aumentou em mais de 300%, um número muito superior à taxa
de crescimento da Espanha", destacou.
"Se a América Latina continuar com
estas taxas de crescimento a e Espanha mantiver a registrada nos últimos
anos, poderemos gradualmente estreitar a brecha que separa os países
ibero-americanos" do resto do mundo, acrescentou Iglesias.
A Segib, cuja criação foi decidida na
Cúpula de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) em 2003 e cujos estatutos
foram aprovados um ano mais tarde na Cúpula de San José da Costa Rica, é
um órgão permanente de apoio institucional e técnico das Cúpulas
Ibero-americanas.
Entre seus compromissos, figuram a
contribuição para reforçar a projeção externa da Comunidade
Ibero-Americana perante as instituições da União Européia (UE), os EUA e
a ONU.
EFE
|