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EUA ouvem empresas sobre
censura da web na China
da Folha Online
Empresas norte-americanas de internet devem participar de
audiências, nesta quarta-feira, relacionadas à maneira como
operam na China. No entanto, muitas das corporações acusadas
de contribuir com a censura no país asiático devem continuar
agindo desta maneira --especialistas acreditam que a criação
de medidas para coibir a prática terão pouco efeito.
O Yahoo! e o Google, por exemplo, já disseram que tiveram de
colaborar com o governo chinês para ter acesso àquele
mercado --a China tem mais de 111 milhões de internautas,
ficando atrás apenas dos EUA.
Caso as organizações decidam romper estes acordos, dizem
fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, elas podem
ser expulsas do país. Além disso, as empresas chinesas vão
ocupar o espaço deixado pelas norte-americanas e continuar a
política de censura na internet.
"É improvável que uma decisão tomada pelo governo dos EUA
possa ter algum impacto na liberdade de expressão dos
chineses", afirmou o analista David Wolf, diretor da empresa
de consultoria Wolf Group Asia. Nesta mesma linha, Mary
Osako, porta-voz do Yahoo!, afirmou: "as empresas
internacionais enfrentam um dilema na China, pois para
operar na China têm de colaborar com leis que vão contra
suas crenças".
Ativistas dizem que as empresas norte-americanas foram além
de suas obrigações, oferecendo ao governo chinês tecnologia
e conhecimento para que eles monitores o uso da internet.
"Queremos que, a partir de agora, estes contratos sejam
controlados pelo Departamento do Comércio. Esta é a única
forma de evitar abusos", afirmou Julien Pain, da organização
Repórteres Sem Fronteiras.
Com agências internacionais
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