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Defesa dos
EUA monitora mais de 5.000 sites islâmicos
da Folha Online
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos monitora mais de
5.000 sites de radicais islâmicos, segundo informações
divulgadas por funcionários de um grupo de pesquisas deste
departamento. Diariamente, eles selecionam de 25 a cem sites
que mostram intensa atividade e concentram suas atenções
nestas páginas.
As informações sobre este monitoramento foram divulgadas no
Congresso norte-americano nesta quinta-feira, durante um
evento sobre como os terroristas usam a internet.
O time de especialistas conta com 25 lingüistas que, juntos,
conhecem todos os dialetos da língua árabe. Depois de
analisar o conteúdo dos sites extremistas, eles fazem
relatórios sobre os assuntos divulgados nestas páginas
--principalmente quando há manifestações agressivas.
Em novembro do ano passado, por exemplo, o grupo identificou
na internet críticas relacionadas à publicação de
caricaturas do profeta Maomé. No início deste ano, estas
manifestações ganharam força, resultando em diversos
protestos e atentados contra embaixadas --principalmente da
Dinamarca, já que um jornal deste país foi o primeiro a
divulgar as imagens consideradas ofensivas.
Segundo oficiais do Pentágono, os sites tentam recrutar
pessoas com idades entre sete e 25 anos para lutar por
causas extremistas. "Já vimos, no entanto, anúncios que
buscavam garotos menores de sete anos", afirmou o
especialista em segurança Ron Roughhead, que colabora com o
Pentágono.
A rede terrorista Al Qaeda usa a internet, por exemplo, para
procurar especialistas em tecnologia. Além disso, os
arquivos digitais funcionam como um difusor das idéias deste
grupo. Recentemente, a Al Qaeda divulgou um vídeo digital
editado para que o presidente George W. Bush repetisse a
palavra "cruzada" diversas vezes em seu discurso. "Esta
cruzada... cruzada... cruzada vai durar algum tempo",
afirmava o líder norte-americano.
Com agências internacionais
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