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Feira de eletrônicos abre nesta
quinta em Berlim
A feira mais antiga de bens eletrônicos de consumo abre as portas nesta
quinta-feira em Berlim para colocar em destaque um setor transbordando
de confiança, à medida que cresce a demanda por TVs de tela plana,
players de MP3 e telefones. Trata-se da IFA, que passa a ser anual,
depois de existir por décadas como evento bienal e funcionar como palco
para o lançamento de muitas inovações, como o DVD, em 1995.
Na atual edição, que vai de 31 de
agosto a 5 de setembro, o foco provavelmente ficará nos produtos
comprovados, em lugar de novas invenções. A expectativa é de que receba
250 mil visitantes e mais de mil expositores, de 40 países. Na feira em
si, o setor de varejo adquire produtos em valor de até 2,5 bilhões de
euros (US$ 3,21 bilhões).
A guerra de formatos para os DVDs de
nova geração continua em curso ¿ e pode prejudicar o crescimento mais
amplo do setor ao causar confusão entre os consumidores e fazer com que
adiem suas compras ¿, enquanto os fabricantes de celulares lutam para
romper o domínio do iPod, da Apple, integrando players de música aos
aparelhos que produzem.
"O setor continuará no caminho para a
convergência digital, mas não espero que surjam produtos novos
importantes", disse Jurgen Smit, gerente de vendas do grupo holandês de
varejo de eletrônicos Polectro.
A IFA tornou-se um evento anual, porque
24 meses é tempo demais para um ramo de ritmo rápido, em que os produtos
muitas vezes ficam obsoletos menos de dois anos depois de concebidos. "A
decisão de realizar a IFA anualmente aumentou seu prestígio
internacional", disse Christian Goeke, vice-presidente de operações do
pavilhão de feiras de Berlim.
Contudo, dada a realização da Consumer
Electronics Show, em Las Vegas, sempre em janeiro, nem todo mundo está
satisfeito com a existência de dois eventos de eletrônica separados por
apenas quatro meses. "Do ponto de vista da carga de trabalho, acho um
exagero. Mas acredito que uma plataforma nesse mercado veloz e enérgico
seja essencial", disse à Reuters Hans Kleis, presidente da Sharp na
Europa.
Reuters
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