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"Carne de porco provoca homossexualidade", diz site
muçulmano
da Ansa, em Berlim
O consumo de carne de porco transforma heterossexuais em
homossexuais. A afirmação, divulgada no
site da
organização muçulmana Ahmadiyya, está provocando polêmica entre
os homossexuais de Berlim e entre os opositores à construção de
uma mesquita da mesma organização na região leste da capital
alemã.
A organização muçulmana Ahmadiyya, originária da Índia, está
construindo atualmente no bairro de Heinersdorf a primeira
mesquita da região leste de Berlim.
"Este modo de raciocinar dos Ahmadiyya contradiz a Constituição
alemã. E não queremos que seja difundida entre nós", disse nesta
segunda-feira ao jornal "Berliner Zeitung" o porta-voz do
movimento de protesto contra a construção da mesquita, Joachim
Swietik.
No artigo publicado na internet, a autora muçulmana se baseia
nas afirmações do falecido líder da comunidade Ahmadiyya, Kalif
Mirza Tahir Ahmad, segundo o qual "a crescente tendência à
homossexualidade tem relação com o consumo de carne de porco em
nossa sociedade".
"Estas afirmações equivalem a uma perseguição espiritual",
criticaram associações de homossexuais berlinenses.
"O artigo apresenta uma suposição, não uma afirmação",
defendeu-se o presidente da comunidade Ahmadiyya na Alemanha,
Abdullah Uwe Wagishauser, segundo o qual "é sabido que a
alimentação tem um efeito sobre o corpo humano e seu
comportamento moral".
"Também os homossexuais são bem-vindos na mesquita", acrescenta
Wagishauser, que afirma não querer disseminar o ódio contra esse
grupo na sociedade. Berlim, capital européia famosa por sua
liberdade, atualmente é governada por Klaus Wowereit, político
declaradamente homossexual do Partido Social-democrata (SPD). |
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