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Saiba mais sobre instalação de rede sem fio doméstica
PAULA LEITE
da Folha de S.Paulo
Com vários computadores em casa, aquela maçaroca de fios começa a dar medo. Levar a internet sem fio às máquinas parece ser uma boa idéia.
E antes que alguém ache que instalar e configurar uma rede Wi-Fi caseira é coisa para técnicos e iniciados, é bom dizer que, hoje, é bem fácil levar um sistema wireless à sua casa. Primeiro, você precisa ter internet de banda larga. Depois, precisa comprar um roteador Wi-Fi, aparelho que vai distribuir a rede sem fio na sua casa.
Se seu computador já tiver receptor interno de Wi-Fi, ótimo; se não, precisa também comprar um adaptador. Mas fique atento aos diferentes padrões do Wi-Fi, para não comprar equipamentos incompatíveis entre si.
O Wi-Fi, como outras áreas da informática, é um mundo cheio de siglas. A tecnologia tem hoje quatro padrões: a, b, g e draft n --este último o mais novo deles e que ainda não está finalizado.
O padrão a opera em uma freqüência diferente da usada pelos três outros e promete velocidade de transferência de dados de até 54 Mbps (megabits por segundo) e alcance de até 30 metros.
Os padrões b, g e draft n operam na mesma freqüência e portanto são compatíveis entre si. O padrão b chega a 11 Mbps e tem alcance de até 30 metros.
Já o padrão g tem o mesmo alcance, mas sua velocidade chega a 54 Mbps. O draft n chega a 700 Mbps de velocidade e tem alcance de até 50 metros.
Mas não custa lembrar que esses valores máximos são obtidos em condições ideais, que não são as que o usuário encontra. Interferência, paredes e outros fatores podem fazer com que a velocidade e o alcance sejam menores.
O fato de os padrões draft n, b e g serem compatíveis entre si significa que os equipamentos se comunicam (por exemplo, um computador com uma placa do padrão n recebe sinal de um roteador g), mas a velocidade fica limitada pelo produto com o padrão mais lento.
A maioria dos roteadores vendidos hoje no Brasil usa os padrões g e draft n. É possível achar roteadores com padrão g a partir de R$ 200 nas lojas brasileiras.
Levar o aparelho com o padrão mais moderno pode não ser o mais indicado. Isso porque, ao usar a rede sem fio para acessar a internet, a velocidade fica limitada pela banda larga. Ou seja, se a banda larga contratada for de 2 Mbps, essa será a velocidade de acesso à internet, mesmo com um roteador que atinja 54 Mbps.
A velocidade máxima pode ser atingida ao transferir arquivos entre computadores.
Filmes
Uma das possibilidades de uso da rede Wi-Fi caseira é o envio de arquivos por meio de streaming. Nessa modalidade, um filme que está no computador do escritório pode ser assistido no micro da sala sem que o arquivo tenha que ser salvo na segunda máquina.
"Recomendamos equipamentos com padrão draft n para streaming", diz Diogo Superbi, engenheiro de vendas da Link-sys. Isso porque a transmissão pode ter falhas com equipamentos com velocidades menores.
Além de serem ou não compatíveis com os vários padrões, os roteadores diferem entre si porque alguns usam algoritmos ou antenas mais poderosas para melhorar o alcance.
As fabricantes afirmam que a instalação e a configuração das redes sem fio pode ser feita pelo próprio usuário, mas também disponibilizam telefones para os quais o consumidor pode ligar.
Para evitar dor de cabeça, vale a pena seguir as instruções do manual e instalar o software que vem com o roteador.
"O usuário também precisa se preocupar com a segurança", diz Wilson Barbosa, gerente de produto de varejo da D-Link. "É possível esconder o nome da rede para que ela não seja captada por vizinhos", diz. Além disso, é recomendável ativar a criptografia.
As operadoras que oferecem banda larga já estão de olho no desejo dos consumidores por internet sem fio. A Oi tem um serviço pelo qual instala a banda larga já com roteador Wi-Fi. A Net vai lançar em breve serviço em que seus técnicos montam a rede sem fio na casa do cliente.
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