SÃO PAULO - Demanda por laptops faz o
Brasil a saltar da 7ª para a 4ª posição
do ranking mundial de PCs.
O ranking é apurado pela empresa
internacional de pesquisa IDC, no
segundo trimestre. Incentivado pela redução de juros nos
financiamentos e aumento de prazos de
pagamento, o volume de vendas de
computadores cresceu cerca de 20 por
cento no segundo trimestre em relação ao
mesmo período do ano passado, para 2,1
milhões de unidades, somando desktops e
notebooks.
Entre 2004 e 2006, o Brasil havia
estacionado na oitava colocação do
ranking de venda de computadores. Mas apesar do crescimento verificado
este ano, a IDC não aposta que o mercado
brasileiro galgue novas posições diante
da força dos desenvolvidos Japão, China
e Estados Unidos.
Para este ano, a estimativa da
companhia de pesquisa é de vendas de 9
milhões de computadores no Brasil,
volume 25 por cento acima do registrado
em 2006. "Mesmo nas previsões mais otimistas,
é muito difícil pensar em igualar ou até
passar os outros países, pois enquanto o
Brasil vende 2,1 milhões, o Japão vendeu
3,1 milhões num trimestre considerado
fraco, e os resultados da China e dos
Estados Unidos foram, respectivamente,
de quase de 7 milhões e 16 milhões no
mesmo período", afirmou em comunicado o
analista sênior da IDC, Reinaldo Sakis.
As vendas de notebooks do país no
segundo trimestre superaram as
expectativas da empresa de pesquisa, com
300.481 unidades comercializadas a
preços que se mantiveram estáveis em
relação aos primeiros três meses do ano,
que registrou vendas de 227,6 mil
computadores portáteis. "O que mudou e impulsionou o consumo
de notebooks no mercado brasileiro foi a
redução nos juros das parcelas e o
aumento nos prazos de pagamento que
fortaleceram as vendas de produtos
tecnicamente mais completos e
consequentemente mais caros", disse
Sakis.
Já o movimento de computadores de
mesa foi de 1,864 milhão de unidades, 8
por cento maior que as vendas do
primeiro trimestre do ano. A maior concentração de vendas nesse
segmento acontece porque os consumidores
preferem ter um equipamento mais
poderoso em casa pelo preço que pagariam
por uma máquina portátil com
configuração menor, afirmou a IDC.
Em levantamento divulgado no início
de junho, o Centro de Tecnologia da
Informação Aplicada da Fundação Getúlio
Vargas de São Paulo identificou aumento
na inclusão digital e informatização no
país e afirmou que o Brasil possui cerca
de 40 milhões de computadores em uso,
avanço sobre 36,4 milhões de máquinas de
2006.