Google aceita abrir álbuns do orkut

SÃO PAULO - O Google aceitou abrir o acesso a 3261 álbuns fechados do orkut suspeitos de conter conteúdo pedófilo.

Na tarde da quarta-feira (10), a CPI do Senado que investiga pedofilia votou pela quebra do sigilo destes álbuns. A denúncia de que estes álbuns potencialmente contêm conteúdo criminoso foi encaminhada à CPI pela ONG Safernet.

Na CPI, o presidente do Google, Alexandre Hohagen, disse que vai cumprir a determinação assim que receber a notificação pedindo a quebra de sigilo dos álbuns. Hohagen afirmou ainda que avaliará tecnicamente como cumprir a ordem.

Pressionado em função das seguidas denúncias de crimes cometidos por usuários do orkut, o Google implementou nos últimos dois anos diversas ferramentas para melhor monitorar o site. A maior parte da vigilância, no entanto, fica por conta dos usuários, que devem denunciar o que vêem de errado.

A principal queixa do Ministério Público é que o Google não revela os autores dos crimes, apenas tira o conteúdo ilegal do ar. O MP também acusa o Google gerar confusão ao transferir a responsabilidade pelo orkut para sua matriz americana, alegando que a rede social está hospedada nos Estados Unidos.

Na CPI, o Google apresentou algumas medidas para tentar reduzir as queixas sobre crimes no orkut:

1) A empresa concorda em fornecer dados cadastrais de usuários acusados de crimes, desde que mediante autorização judicial.

2) O Google vai armazenar por até seis meses dados que os usuários deletam de suas páginas. A idéia é preservar eventuais provas. Atualmente, o tempo de armazenagem é de um mês.

3) A empresa promete implementar, até julho, novos filtros e revisão humana em páginas suspeitas do orkut, afim de impedir a publicação de conteúdo que ofenda os termos de uso do serviço.

Além destas medidas, o Google mantém parcerias com a Polícia Federal e com ONGs de monitoramento da web. PF e ONGs possuem contas especiais que lhes permite colocar “flags” em páginas que considerem suspeitas. As páginas denunciadas são revisadas de forma prioritária pelo Google.

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO

 

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