Reuters
LONG BEACH - Albert Einstein olhou de soslaio para as pessoas em volta, escolheu quem mais lhe agradou e sorriu.
Sim, o renomado cientista está morto há mais de 50 anos, mas Einstein reencarnou nesta semana na forma de um robô que ultrapassa os limites da automação, uma vez que é capaz de interagir com seres-humanos expressando nuances de emoções.
A versão emborrachada da cabeça e dos ombros do físico tem olhos que se movem e cabelos brancos e já encantou mais de 1,500 visitantes da conferência de Tecnologia, Entretenimento e Design (TED).
O robô segue as pessoas com o olhar e sorri ou franze as sobrancelhas quando lhe observam atentamente. A máquina é tão simpática que é fácil confundi-la com um humano. “Esse é um robô que consegue entender emoções e mímicas”, explicou o engenheiro mecânico David Hanson.
Este Einstein ganhou uma personalidade quando a geringonça montada por Hanson se casou com o software do Instituto de Computação Neural da Universidade da Califórnia.
Os criadores do robô acreditam que, um dia, os computadores poderão se relacionar naturalmente com as pessoas, em um nível de interação inédito.
Algumas das técnicas que ajudarão o robô Einstein a nascer foram utilizadas também no filme “O curioso caso de Benjamin Button”, cujo produtor demonstrou aos visitantes da TED como as expressões de Brad Pitt foram aplicadas a uma versão digital do ator criada por computador. Esse processo envolveu 155 profissionais.
“Nosso objetivo agora é desenvolver um computador que possa dizer se o sorriso de uma pessoa é verdadeiramente sincero”, contou Nicholas Butko, estudante da UC que acompanhou Hanson na TED.