Perdoe pelo exemplo tolo desde já, leitor. Mas, em
algum momento da sua existência, você se deparou com
as barras de vida presentes em jogos de videogame.
Para iluminar a sua memória com tamanha cultura,
relembro que elas costumam mostrar o quanto
personagens e objetos estão danificados – ou, pela
leitura “do copo meio cheio”, a quantidade de
vivência virtual que resta.
Na maioria dos títulos de games, as barrinhas
costumam vir seguidas por índices de porcentagem,
além do gráfico propriamente dito. No mundo real, na
terra de Obama, algo similar já acontece em alguns
carros do exército americano. Sensores medem o grau
de danos que sofrem as peças do veículo.
A invenção é de uma equipe de pesquisadores da
Universidade de Purdue, em Indiana. Revestidos por
borracha, os medidores chamados de “acelerômetros
tri-axiais” captam as vibrações do veículo e um
software processa os dados, interpretando se há algo
errado com pneus, suspensões, roda, entre outros
componentes.
A medida, ainda em testes militares, serve para
diminuir custos de manutenção e tempo, além de
garantir uma segurança maior ao condutor.
Os dólares, sabemos, é uma preocupação e tanto
para o exército dos Estados Unidos, que gasta
bilhões no reparo de suas peças, ainda mais em
tempos de guerra quente contra os efeitos da crise.
Todavia, os criadores da tecnologia garantem que os
sensores poderão ser aplicados em veículos
comerciais e públicos. O que passa a ser uma
inquietação a menos para nós, usuários de carros
desarmados.
Douglas Adams, o americano que está por trás do
invento, garante que, durante as medições, o sistema
foi capaz de captar uma sensível mudança de 5% na
rigidez da suspensão.