Esse material consome cerca de 71% dos recursos de petróleo e gás explorados no planeta e, além de caro, traz problemas ao meio ambiente por não ser biodegradável.
Com este plástico biorenovável, embalagens de alimentos e outros itens descartáveis de plástico poderiam ser decompostos em casa, junto ao lixo orgânico, sem gerar nenhum resíduo nocivo ao meio ambiente.
A base do material é um açúcar resultante da quebra de biomassa de plantas não agrícolas, como gramíneas e árvores de rápido crescimento, e resíduos de lavoura que antes iriam parar no lixo – e aí está mais uma grande inovação da pesquisa, já que os polímeros similares existentes atualmente são feitos de plantas usadas na alimentação, como cana de açúcar e beterraba.
O novo material também leva vantagem em outros quesitos. Os polímeros biorenováveis existentes são formados em processos que consomem muita energia e água; além disso, precisam ser degradados a altíssimas temperaturas em fornos industriais.
Já o açúcar rico em oxigênio do novo polímero permite que ele absorva água e degrade sozinho, liberando produtos inofensivos (o que significa que pode ser usado em casa para adubar o jardim, por exemplo).
A equipe de pesquisa liderada pelo Dr Charlotte Williams levou mais de três anos para encontrar este plástico mais verde. Além da aplicação em embalagens, eles já realizaram testes para fins terapêuticos em parceria com a BioCeramic Therapeutics.
Como o polímero se mostrou atóxico às células do corpo, uma das possibilidades é usá-lo na regeneração de tecidos.