O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou nesta sexta-feira que o governo irá remunerar estatais, empresas privadas e governos locais detentores de rede de fibra óptica para garantir a meta de universalização de banda larga a todo o País. Atualmente a malha de fibras ópticas apenas pertencente ao sistema Eletrobras é de 16 mil km. A estimativa do governo é que existam 30 mil km de fibras óticas para o programa.
"O ideal é que a Telebras tenha condições de fazer uso pleno de todas as redes. Que a Telebras tenha condições de assumir e usar essa rede de fibra óptica. Obviamente que teremos que remunerar", disse. A estatal Telebras, gestora do Plano Nacional de Banda Larga, poderá ainda ter de recorrer ao Tesouro Nacional em busca de recursos que permitam a ela colocar em prática a universalização do acesso à web. O reforço de caixa se justifica pelo fato de a ela ter tido seu orçamento reduzido de R$ 1 bilhão para R$ 589 milhões para o biênio 2010-2011.
"A presidenta determinou que temos que dar prioridade total para a banda larga, mas a última pessoa que pode reclamar de orçamento hoje sou eu. Vamos ter que trabalhar a partir disso caixa de R$ 589 milhões e discutir com a área econômica, com o Tesouro", disse.
Bernardo voltou a afirmar ainda que o governo pretende até abril fechar as negociações com empresas para a oferta de internet banda larga em todo o País. A universalização do serviço, explicou o ministro, que se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, leva em conta a possibilidade de os serviços serem barateados para cerca de R$ 30, mas não inclui a opção de gratuidade do serviço.
"Existe uma classe média cada vez mais numerosa e pessoas sedentas, ávidas por acesso a novas tecnologias. R$ 30 é uma meta boa de perseguir. Considero que a estratégia de empresas é equivocada ao fornecer serviços a menos pessoas. Estamos defendendo que haja uma inflexão nisso e ela possam ganhar em escala", disse.
Redação Terra