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  Janeiro/2011

 

 

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Especialistas debatem uso de redes nas eleições

Cauã Taborda, de INFO Online

SÃO PAULO - Caio Túlio Costa, Marcelo Branco e Soninha Francine, nomes envolvidos nas campanhas de Marina Silva, Dilma Rouseff e José Serra, respectivamente, se reuniram em um debate na tarde de ontem na Campus Party para discutir a primeira eleição com participação crucial das redes sociais.

Os participantes levaram suas experiências e modo de trabalho na primeira participação significativa da internet em uma eleição presidencial, segundo eles. “Nas eleições passadas era proibido o uso livre da internet. A mudança na lei deu a possibilidade de novos atores políticos entrarem na campanha com seus próprios conteúdos”, afirma Marcelo Branco.

Os especialistas partilharam seus feitos, como da campanha do PT, que segundo Marcelo tinha uma estratégia de mobilizar as pessoas para a campanha offline e trocar informações e organizar os militantes. Outro ponto destacado por Marcelo na estratégia do PT foi o uso de influenciadores, pessoas com uma base de seguidores nas redes sociais, com certo prestígio, que apoiaram a candidatura e fizeram parte da rede e ações. “Pela primeira vez a blogosfera participou como formadora de opinião”, diz Marcelo.

Mas nem tudo ocorreu da maneira ideal. Tanto Marcelo como Soninha enfrentaram problemas nas campanhas. O principal, destacado por eles, foi a falta de uma política unificada de comunicação. “Não tivemos uma coordenação articulada e unificada de comunicação. Não houve convergência das mídias”, afirma Soninha. Para ela, fica a decepção de as campanhas não terem atingido os cidadãos não politizados e o tempo curto. “A internet não pode ter o mesmo tempo limite das outras mídias na campanha”, diz.

Esse é um dos pontos que, segundo Caio Túlio Costa, a campanha de Marina Silva se destacou. Por contar com uma gestão unificada de comunicação, foi mais fácil veicular mensagens, sempre de tom positivo, e trabalhar de maneira diferenciada. “No Orkut falamos com os evangélicos, no Facebook com mulheres e público mais intelectualizado e com jovens e vanguarda no Twitter”, informou Caio Túlio.

Outro ponto crucial, e comum a todas as estratégias, foi o monitoramento contínuo de mensagens nas redes sociais, classificando o conteúdo entre positivo, negativo e neutro, permitindo que situações delicadas tivessem uma ação rápida e precisa.

Para os três profissionais fica o aprendizado dessas eleições e, segundo eles, a participação cada vez mais intensa das redes sociais e estratégias diferenciadas nas campanhas futuras.

 

 

 

     

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