O garoto americano Lindon Baty tem um distúrbio pouco comum chamado doença do
rim policístico. Ela enfraquece muito seu sistema imunológico e não permite que
ele saia de casa ou do hospital durante quase toda a sua vida. Agora um robô VGO
está contornando o problema de Lindon para levar pelo menos sua imagem à escola.
O robô basicamente realiza uma telepresença. Seria algo parecido com uma
teleconferência, com a diferença da autonomia trazida pelo carrinho com câmeras,
microfones e alto-falantes. O brinquedo é comandado pelo computador de Lindon
diretamente de casa via internet. Com um notebook ele “se move” de lá para cá na
escola e, além de aprender tudo com os professores, consegue conversar com os
amigos.
O aparelho tem bateria de 6 a 12 horas, o suficiente para um dia de aula. Sua
câmera tem a qualidade similar a de webcams e o vídeo, assim como o áudio, é
transmitido por Wi-Fi. O robô tem ainda faróis de LED, duas portas USB e duas de
áudio para microfone e caixas de som. No computador, o garoto acessa seu VGO a
partir de um software específico.
Tanto o aplicativo quanto o robô foram comprados por Lindon. O VGO custa 6
mil dólares e o programa para utilizá-lo sai por 1.200 dólares anuais. Esse é o
diferencial do robô, que não inaugura uma tecnologia, mas tornou o acesso a ela
e a outros lugares uma possibilidade verdadeira.