No vídeo de quase quatro minutos, o
ex-presidente admite que ainda não
desligou por inteiro de seu governo.
"Ainda não desencarnei totalmente porque
eu tenho viajado muito e em todas as
viagens eu tenho que contar o que as
pessoas querem saber (sobre seu
governo)", explica, listando em seguida
os feitos de gestão. O ex-presidente não
se define como palestrante nem
conferencista. "Não sou nada mais do que
um contador de casos de um governo bem
sucedido", resume.
Lula aproveita
também para alfinetar a imprensa. "Vocês
sabem que meus amigos da imprensa
continuam falando muito bem de mim.
Vocês acompanharam, primeiro eles
tentaram dizer que a presidente Dilma
era muito diferente de mim, que era
outra coisa depois passaram a dizer que
era a mesma coisa, depois disseram que
não era mais a mesma coisa, depois era
fraca e depois era forte", diz.
Em seguida, Lula afirma que a
presidente Dilma Rousseff faz parte de
um projeto que começou no seu governo.
"As pessoas não percebem que a
presidente Dilma faz parte de um projeto
do qual participam milhões de
brasileiros e do qual eu faço parte.
Esse projeto é vencedor não apenas
porque venceu as eleições, é porque tem
o que fazer neste País até 2014, até
2018 e até dois mil e não sei quanto",
complementa.
Longe do Planalto, o ex-presidente
conta que a partir de agora pretende se
dedicar à integração dos países da
América Latina e que quer repassar a
experiência das políticas sociais
brasileiras para os países da África. No
entanto, ele avisa que ainda tem "muita
coisa para fazer neste País".
No final do vídeo, o ex-presidente
destaca que continua o mesmo Lula do
passado. "Você percebe que eu não mudei
muito, que eu continuo falando demais",
diz. Ele conta aos internautas que
voltou para o mesmo lugar de onde saiu
para assumir a Presidência: a sala do
Instituto Cidadania, na zona sul de São
Paulo. "A casa é a mesma, a cortina é a
mesma, só os livros que são diferentes
porque eu ganhei antes de deixar a
Presidência".