Recentemente o
Olhar Digital publicou uma matéria explicando as diferenças entre os Hackers e Crackers. Se você ainda acha que as duas nomenclaturas indicam a mesma coisa, é preciso saber que Hackers são indivíduos que elaboram e modificam softwares e hardwares de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas ou adaptando as antigas. Já cracker é o termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança.
O analista de vírus da Karspersky Brasil, Fabio Assolini, conta que aqui no Brasil 95% dos
códigos maliciosos usados por crackers são feitos para roubar credenciais financeiras. Ou seja, eles conseguem acessar contas bancárias, usar cartões de crédito e até pontos de milhagens das vítimas. "Existem indícios de que seu computador está sendo usado por um cibercriminoso, mas também há pessoas mais profissionais que conseguem roubar dados e controlar o computador sem que o usuário perceba", conta o analista.
De acordo com dados da empresa, o volume de cibercriminosos amadores no Brasil é bem maior do que de profissionais, por isso que, ao manter-se alerta, é fácil descobrir se seu computador foi infectado. Segundo Fábio, as contas de email, MSN, Skype ou qualquer serviço que tenha lista de contatos são os primeiros a serem invadidos. Isso porque o criminoso precisa disseminar uma mensagem com links falsos para todos os contatos do usuário e aumentar sua base de vítimas. O ideal é checar a caixa de saída do email para verificar se seu computador não está enviando spam sem seu conhecimento.
Outro ponto que merece atenção é a navegação, especialmente em sites de buscas, como o Google. "É comum os criminosos direcionarem a busca das vítimas para páginas de anúncios que gerem cliques para eles. Isso é chamado de 'Click Fraude'", explica. Portanto, se a navegação está se tornando mais lenta e os sites entram em páginas que não tenham a ver com a busca, provavelmente, essa máquina está infectada.
Ainda é necessário prestar atenção se seu computador não está sendo usado para ataques em grande escala. Os chamados Botnets têm se tornando uma das principais ferramentas para crimes cibernéticos, já que eles criam uma rede de máquinas infectadas para trabalhar de forma conjunta. Segundo o
blog da ESET, existem alguns sinais que podem indicar que o computador foi infectado por um malware do tipo bot e se transformou em um zumbi - termo usado para estes casos. Entre eles está a conexão muito lenta sem nenhum motivo aparente, demora no desligamento da máquina, pop-ups de anúncios que aparecem mesmo quando o internauta não está navegando na internet ou o mal funcionamento do cooler, que se mantém em alta velocidade mesmo quando o computador está ocioso. Também é importante estar atento no funcionamento dos aplicativos, que podem ter um queda no desempenho, assim como checar se o computador não tem desligado corretamente e se não está sendo possível baixar atualizações de antivírus, visitar sites dos desenvolvedores ou fazer download de novas versões do próprio sistema operacional.
Mesmo para quem sabe como se proteger, vale a pena relembrar algumas dicas: O mais importante é manter o antivírus sempre atualizado, mesmo em computadores Mac que, segundo Fábio, estão cada vez mais em voga. Além disso, é preciso atualizar softwares como Java e Flash e sempre usar a versão mais nova dos navegadores. A novidade é que, agora, até mesmo smartphones e tablets, especialmente baseados em Android, também são alvos de ataques. Dessa forma, se o usuário tiver muitos dados confidenciais nos seus dispositivos móveis, vale a pena instalar um antivírus no aparelho. No mercado já existem versões de antivírus para Blackberry, Android, Symbian, Windows Phone e iOS.
Olhar Digital