Os pesquisadores da Universidade de Saarland, na Alemanha,
relataram as descobertas na revista Child Development.
Eles forneceram um teste de memória em duas partes para
crianças, adolescentes e jovens. Na primeira, foram
mostradas aos participantes imagens na tela de um
computador. Eles deveriam indicar se elas eram repetidas
selecionando entre os botões 'novo’ e 'velho’.
Em seguida, eles receberam um teste semelhante, que
incluía certas imagens do primeiro teste.
Embora a capacidade de memorização melhorasse de modo
geral com a idade, a capacidade de reconhecer a fonte das
informações retidas na memória – avaliada no segundo teste –
era particularmente fraca nas crianças. O desempenho de
adolescentes e adultos foi igualmente bom, mas com uma
diferença significativa.
Os participantes usaram uma touca de eletrodos que media
a atividade neural deles. Somente os adultos mostraram
padrões sofisticados de atividade enquanto buscavam a fonte
da memória, afirma Volker Sprondel, principal autor do
estudo e psicólogo da Saarland. Apenas com o uso de medições
comportamentais, os pesquisadores não teriam detectado a
diferença entre adultos e adolescentes, afirma Sprondel.
Segundo ele, a descoberta sugere que quando se pede a
crianças e adolescentes para comprovarem a fonte das
informações contidas em suas memórias, como por exemplo,
para lembrar a primeira vez que encontraram certa pessoa e o
local, eles devem ser questionados com cautela.