A restrição ao público americano deve-se ao fato do
Google ter negociado os direitos autorais das músicas
disponíveis no serviço apenas para este mercado. Não há
previsão de estreia do Music em outros países.
Na nova
plataforma, os usuários podem baixar centenas de músicas
oferecidas gratuitamente pelo Google, como sucessos das
bandas Cold Play e Roling Stones, ou comprar faixas
disponíveis para venda no Android Market.
Os preços de cada canção variam conforme determinação
do estúdio ou artista detentor do direito autoral
daquela faixa. Para todo o acervo disponível no Google
Music, no entanto, é possível ouvir ao menos 90 segundos
de cada canção gratuitamente.
O Google não divulgou o tamanho total do acervo do
Music. Rosenberg usou apenas a expressão “centenas de
faixas grátis e milhares de outras disponíveis para
compra” quando indagado sobre o tamanho da biblioteca do
novo serviço.
Quem criar uma conta no Music poderá fazer upload de
até 20 mil faixas no Music e ouvi-las por streaming de
qualquer browser ou dispositivo com Android, como um
tablet ou smartphone, gratuitamente. O usuário pode
subir qualquer arquivo de som para sua conta, mesmo que
a faixa não tenha sido comprada no Google Music.
O serviço permite ainda compartilhar links das
músicas de sua biblioteca online na rede Google +. As
faixas compartilhadas no Google Plus poderão ser ouvidas
gratuitamente uma única vez pelos amigos de quem
compartilhou o link.
O novo produto do Google usa ainda informações sobre
o comportamento do usuário na internet para sugerir
músicas que ele talvez goste de ouvir e comprar, um
recurso similar ao Ping, da Apple.
O serviço disputará o mercado digital de música com o
iTunes da Apple, que lidera com folga este mercado há
oito anos nos Estados Unidos. O Music também serve de
contraponto ao acordo que o Facebook fez com a rede
Spotify, que permite aos usuários americanos ouvir e
compartilhar músicas pelo Facebook.
No mesmo evento, o Google anunciou uma parceria com a
operadora T-Mobile, que permite aos usuários baixar
músicas por seus smartphones e pagar por elas apenas na
conta de telefone.
Além dos grandes estúdios como Sony e Warner que
liberaram parte de seu acervo para compor o serviço do
Google, o serviço permite ainda que artistas
independentes ofereçam suas faixas no Music, pagando uma
taxa anual única de US$ 25.
Os artistas podem oferecer seu trabalho gratuitamente
ou cobrar por isso. Para cada venda que efetuarem,
poderão ficar com 70% da receita.