No estudo, ser "atormentado" significa que colegas
espalharam boatos sobre eles, fizeram comentários "rudes
ou malévolos" ou os ameaçaram.
O bullying propriamente
dito, definido como repetidas agressões morais, subiu a
oito por cento dos estudantes pesquisados, ante seis por
cento um ano antes.
Os pesquisadores, liderados por Michele Ybarra, da
Internet Solutions for Kids, de San Clemente,
Califórnia, disseram à Reuters Health que as
constatações sugerem que é preciso dedicar mais atenção
às mensagens de texto das crianças, mas que os pais não
precisam se alarmar.
"Não é motivo para que eles se sintam incomodados ou
decidam tirar os celulares de seus filhos. A maioria das
crianças parece estar navegando de modo bastante
saudável por essas novas tecnologias", disse ela.
O estudo inclui 1.588 crianças dos 10 aos 15 anos,
pesquisadas online inicialmente em 2006. A pesquisa foi
repetida em 2007 e 2008, e cerca de três quartos dos
participantes originais participaram dos três
levantamentos.
O trabalho publicado não informa por que os dados
sobre a pesquisa concluída em 2008 só foram divulgados
agora.
No que tange a agressões via Internet, em contraste
com as agressões via mensagem de texto, não houve tanta
mudança ao longo do período. Em 2008, 39 por cento dos
pesquisados disseram ter sido "atormentados" online, e a
maioria afirmou que isso aconteceu algumas vezes. Menos
de 15 por cento disseram ter sofrido bullying via
Internet.
Os estudantes agredidos parecem ter conduzido a
situação no geral de maneira positiva, o que os
pesquisadores dizem ser bom sinal.
Dos estudantes que disseram ter sido ofendidos online,
20 por cento disseram ter ficado "muito ou extremamente
incomodados" com o mais sério incidente do tipo, o que
representa um total inferior aos 25 por cento de 2006.