Dos 76 milhões de usuários ativos do Facebook no Brasil, 47 milhões navegam
pela rede social todos os dias, o que coloca o país na vice-liderança neste
critério, atrás apenas dos Estados Unidos. Em números absolutos de visitas, no
entanto, o país fica em terceiro e perde também para a Índia.
Tamanha audiência é cada vez mais explorada comercialmente. Em evento realizado
nessa quarta-feira, em São Paulo, o diretor-geral do Facebook, Leonardo Tristão,
disse que a experiência da segunda tela (extensão do conteúdo da TV) e a
aproximação junto a pequenas e médias empresas são as apostas da rede social
para 2014.
Sem especificar volume de investimento, Tristão afirma que as PMEs representam
hoje "um número significativo" dos anunciantes, por isso, são consideradas um
dos pilares de crescimento. "O brasileiro é empreendedor e a conexão entre
empresas deste porte é mais rápida", explica. Antes de abrirem suas páginas, as
companhias podem consultar um
manual
com dicas que ajudam a amplificar o desempenho.
O modelo comercial do Facebook aproveita uma deficiência do mercado brasileiro
de internet.
Levantamento divulgado em julho pela Cetic.br informa que 45% das empresas
que empregam ao menos 10 funcionários não tem sites. Logo, a criação de uma
fanpage pode ser uma boa oportunidade de conexão eficiente com o consumidor.
Segundo Tristão, o feed de notícias segue sendo o formato publicitário
mais cobiçado por garantir mais chances de visibilidade. "A publicidade sempre
fez parte da nossa vida", diz ele ao comentar os esforços para promover a
interação com a televisão e outros dispositivos. Uma das ideias previstas para o
ano que vem é passar a permitir propagandas contextualizadas com base nos temas
mais populares discutidos em tempo real. Cerca de 40% dos usuários acessam a
rede social enquanto assistem à TV.
Olhar Digital