Em seguida vem a Holomni, uma pequena companhia de design que faz rodas
de alta tecnologia robótica,
presumivelmente para mais robôs, ou
até mesmo para a frota de carros sem
motorista do Google. E ainda a
aquisição da Makani Power, que
fabrica turbinas eólicas, para, bem,
quem sabe como o Google vai usar
isso?
Ainda assim, muitos dos
competidores do Google parecem estar
presos no presente. Olhe para as
aquisições do Facebook, Yahoo e
Twitter, todos eles compraram uma
série de companhias de software,
design, publicidade e conteúdo.
Nenhum robô. Nenhum carro sem
motorista. Nenhuma turbina eólica.
Não está claro onde a Apple se
encaixa nisso tudo –a companhia,
afinal, é mais eficiente em manter
segredos do que a Agência Nacional
de Segurança dos Estados Unidos. A
Apple também tem claramente dinheiro
suficiente para competir com o
Google.
Mas se Apple está trabalhando em
segredo em seu próprio exército de
robôs e universo futurista, o Goofle
está construindo para o futuro em
público.
O Google anunciou a compra da
Nest Labs, que fabrica dispositivos
para casa conectados à internet como
um termostato e um detector de
fumaça, por US$ 3,2 bilhões em
dinheiro.
Para que o Google vai usar os
aparelhos produzidos pela Nest?
Provavelmente, isso está ligado ao
que Tony Fadell, executivo-chefe da
Nest, disse ao New York Times no ano
passado, "é a criação de um mundo de
objetos com consciência".
"Toda vez que eu ligo a TV, há a
informação de que alguém está em
casa. Quando a porta da geladeira se
abre, há outro sensor, mais
informação", disse Fadell. O seu
termostato é capaz de controlar e
recolher esse tipo de informação.
Mas o futuro vai ser diferente,
quando nós tivermos "redes de
sensores que possam evoluir, todos
interagindo com estes padrões de
aprendizagem".
É claro, todas essas ideias
malucas e aquisições do Google podem
falhar. Prever um futuro que se
pareça com um universo alternativo
onde apenas tecnófilos querem viver,
com robôs que vagueiam pela terra e
sensores em nossas salas, parece um
exagero.
Larry Page, executivo-chefe do
Google, reconhece que muitas dessas
ideias que giram em torno da
companhia são "tiros na Lua". Mas
ele também acredita que muitos deles
serão bem sucedidos e irão
posicionar a empresa num futuro para
o qual seus concorrentes parecem não
estar se preparando.