Disco voador terráqueo
Depois de uma série de adiamentos devido ao mau tempo, a NASA conseguiu testar um novo veículo chamado LDSD - Low Density Supersonic Decelerator, desacelerador supersônico em baixas densidades.
Apelidado pela própria NASA de disco voador supersônico, a estrutura foi projetada para simular um veículo de carga dotado de uma nova tecnologia de pouso, que permitirá levar cargas maiores para outros planetas.
Enquanto o complicado guindaste celeste que levou o robô Curiosity para Marte pode pousar uma nave pesando até 1,5 tonelada, o LDSD pretende elevar essa capacidade acima das 40 toneladas, mais próximo do que seria necessário para uma missão tripulada.
Lançamento do disco voador
O disco voador foi içado por um balão de hélio a 36.000 metros de altitude.
Duas horas e meia depois de lançado, o veículo soltou-se do balão e acionou seu motor, que o acelerou até uma velocidade similar à que deverá enfrentar ao descer em Marte, quando então foram testadas as tecnologias de freio aerodinâmico.
Meia hora mais tarde, o veículo caiu de pára-quedas no oceano, onde foi recuperado por um navio.
Este foi o primeiro dos três testes previstos para o LDSD.
Embora este teste inicial tenha sido planejado para determinar a capacidade de voo do próprio veículo - que simula a nave que deverá ir a Marte - e o seu próprio freio aerodinâmico, também foi possível avaliar duas tecnologias de pouso adicionais, que serão oficialmente testadas nos próximos dois voos.
"Como o nosso veículo voou tão bem, tivemos a chance de ganhar 'créditos extras' com o SIAD," disse Ian Clark, gerente do projeto. "Todas as indicações são de que o SIAD se abriu com perfeição e, por causa disso, tivemos a oportunidade de testar a segunda tecnologia, o enorme pára-quedas supersônico quase um ano antes do previsto."
Arrasto
O SIAD (Supersonic Inflatable Aerodynamic Decelerator, desacelerador aerodinâmico supersônico inflável) será responsável pela primeira etapa de desaceleração, e tem a forma de um pneu em volta do disco voador.
Quando é inflado, com seus seis metros de diâmetro, o SIAD aumenta o arrasto do veículo, funcionando como um freio aerodinâmico.
A segunda tecnologia é um enorme pára-quedas, com 30 metros de diâmetro, projetado para abrir em altas velocidades. "Ele gera duas vezes e meia o arrasto de qualquer pára-quedas que já enviamos a Marte," disse Clark.
Contudo, as imagens obtidas em tempo real do veículo de teste indicam que o pára-quedas não abriu como esperado, o que explica porque o voo durou 30 minutos, em vez dos 45 minutos previstos.
A equipe está analisando os dados para descobrir o que deu errado e corrigir as falhas antes do próximo teste, previsto para o início do próximo ano.
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