Ferro e ácido fólico na
farinha beneficia grávida
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa)
acaba de oficializar a portaria que determina aos fabricantes de
farinhas de trigo e de milho o acréscimo de ácido fólico e ferro em
seus produtos, com a finalidade de diminuir a incidência de doenças, a
desnutrição e os problemas decorrentes da deficiência dessas
vitaminas em gestantes. Defeitos no feto, por exemplo.
A iniciativa é vista por alguns profissionais como o início de uma
batalha contra a má-alimentação da população brasileira e a reversão
do atual quadro social.
Segundo a nutricionista Andréa Ramalho, doutora em Ciências da Saúde
Pública, professora titular do Instituto de Nutrição da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, a medida é, sem dúvida, um avanço nas
questões de saúde e nutrição do país e deve ser associada a outras
iniciativas na solução do problema da desnutrição e da má-alimentação,
principalmente em crianças.
"O combate às deficiências nutricionais mais prevalentes no mundo
se dá por meio de programas e leis governamentais. Apesar do sucesso de
algumas iniciativas, a experiência mostra que as ações relacionadas
com suplementação de apenas um ou dois micronutrientes – como é o
caso da lei brasileira – na maioria dos segmentos populacionais
afetados têm apresentado efeitos limitados.
Jornal de Brasília
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