Esclerose múltipla é
tema de seminário
Embora os casos mais freqüentes de esclerose múltipla
sejam mapeados em países de clima temperado, o Brasil, principalmente a
região sudeste, também é vítima dessa doença.
Nos dias 15 e 16 de março, as novas formas de tratamento e a qualidade
de vida dos pacientes de esclerose múltipla serão enfocados no
Encontro Latino-Americano de Especialistas em Esclerose Múltipla, que
acontece no Blue Tree Convention Centre (Av. Ibirapuera 2907, São
Paulo), e pretende reunir 200 profissionais de todo o continente.
A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, de difícil diagnóstico
e que resulta em incapacidade progressiva, afetando principalmente
mulheres adultas jovens, entre 20 e 40 anos, que, se não forem
adequadamente tratadas, podem não mais conseguir realizar tarefas
rotineiras domésticas ou profissionais dez anos após o início da doença.
No Brasil, estima-se que 15 pessoas a cada 100 mil sejam portadoras de
esclerose múltipla, índice semelhante a dos outros países
latino-americanos, como Chile (mesma média), Argentina (de 18 a 21
pessoas a cada 100 mil) e Uruguai (21 pessoas a cada 100 mil).
Durante os dois dias de seminários, os médicos poderão apresentar
casos, favorecendo a troca de experiência entre os participantes.
Dormência, sensação de cansaço, dor muscular, tontura são alguns
dos sintomas, que ocorrem em surtos episódicos da EM – que acontecem
em intensidade e em intervalos não regulares, o que dificulta o diagnóstico
da doença, podendo ser confundida com um forte resfriado.
Historicamente, os neurologistas não estavam muito familiarizados com a
doença: "Porém, na última década, os neurologistas brasileiros
se familiarizaram com o diagnóstico e tratamento da EM",afirma
Dra. Regina Papais Alvarenga, Professora de Neurologia da Faculdade de
Medicina da UNIRIO e Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital da
Lagoa, centro de referência da cidade do Rio de Janeiro para Esclerose
Múltipla e que tem 600 pacientes protocolados.
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