Músicas à venda
A Apple vive se reinventando: depois de mergulhar numa crise nos anos 90, a
empresa ressuscitou ao criar o revolucionário micro iMac, em 1998, e renovou o
fôlego em 2001 ao lançar o iPod, o popular equipamento portátil que toca músicas
em formato MP3. Na semana passada, a companhia apresentou um serviço que, se
vingar, pode mudar seu perfil. Lançou um software para comercializar músicas
por US$ 0,99 cada uma - recolhendo direitos autorais. Cada canção pode ser
'baixada' para até três computadores e um número ilimitado de CDs e iPods.
Por que alguém compraria músicas disponíveis de graça, em versão pirata, na
internet? Como o programa funciona acoplado ao iPod, a estratégia é converter
a legião de usuários do aparelho em consumidores 'legais' de música - há 200
mil canções de cinco gravadoras à disposição no serviço. 'Consumidores não
vão ser tratados como criminosos', diz Steve Jobs, o chefão da Apple. Ele
mudou de opinião. Há um ano, ele defendia a distribuição livre de música na
rede. A Apple aproveitou para lançar a nova geração do iPod. Mais fino, é
capaz de armazenar até 7.500 músicas, sete vezes mais que a primeira geração
do modelo.
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