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Silício
na cerveja melhora a saúde dos ossos
Especialistas em epidemiologia, nutrição e cardiologia concordaram hoje em
destacar que o silício contido na cerveja ajuda a melhorar a saúde dos ossos,
ao promover a formação de minerais e colágeno. Esta é uma das conclusões do
primeiro simpósio internacional sobre a cerveja, divulgadas em uma monografia
apresentada hoje em Valência, na qual se destaca que o consumo moderado de
cerveja aporta entre 60% e 70% da ingestão diária recomendável deste mineral.
Os especialistas avaliaram a
influência do consumo de cerveja em diversas questões de saúde, e
determinaram que sua ingestão moderada pode contribuir na prevenção da
osteoporose e na redução do risco cardiovascular e, além disso, possui
capacidade antioxidante e melhora a qualidade nutricional.
A monografia contém os estudos
realizados pelo médico Jonathan J. Powell, do Departamento de Nutrição e
Gastroenterologia do King's College de Londres, que assegura que o silício
contido na cerveja "favorece a saúde dos ossos ao promover a formação de
minerais e colágeno".
O especialista afirma que o
consumo moderado de cerveja pode contribuir na prevenção da osteoporose, já
que o silício contido nesta bebida está presente em sua forma bioativa, o que
facilita sua absorção pelo organismo.
Por outro lado, o médico Lluís
Serra Majem, catedrático de Medicina Preventiva e Saúde Pública da
Universidade de Las Palmas (Espanha) e presidente da Fundação para a Promoção
da Dieta Mediterrânea, destaca o valor da cerveja como parte da cultura e da
dieta mediterrânea.
"A cerveja, além de fazer
parte da alimentação mediterrânea, pode melhorar a qualidade nutricional da
dieta", diz Serra, cujas pesquisas determinaram que as pessoas que consomem
cerveja de forma moderada aportam à sua dieta uma maior quantidade de ácido fólico
e vitaminas do tipo B, como a riboflavina, que facilita a digestão.
Segundo estas conclusões, o
consumo moderado de cerveja só aporta quatro por cento das calorias totais da
dieta dos homens e 3% das mulheres, e dizem que não se pode culpar esta bebida
pelo peso acima do normal, mas sim a uma alimentação pouco equilibrada, o
sedentarismo ou causas genéticas.
"Tanto os homens quanto as
mulheres que consomem cerveja de forma moderada e regular têm menos risco de
sofrer infarto de miocárdio que os que não bebem, devido à redução da
coagulação sanguínea e ao aumento do colesterol de alta densidade, conhecido
como "bom colesterol" ou HDL", afirma o médico Martin Bobak, do
Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública do University College de
Londres.
Bobak também ressalta que a
ingestão moderada de cerveja não está associada ao aumento da obesidade, por
não haver uma relação com uma possível mudança no índice de massa
corporal.
EFE
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