Para Interpol, web e computação gráfica incentivam a pedofilia

da Folha Online

A internet e a computação gráfica agem como incentivadores da pedofilia, de acordo com a Interpol. A polícia internacional teme que isso leve ao desenvolvimento de uma nova atividade comercial: a venda de sessões ao vivo de pornografia na internet.

Cada vez mais --especialmente com a popularização da banda larga-- os pedófilos recorrem à internet para assistir a vídeos pornográficos envolvendo a exploração sexual de crianças. Embora atualmente, segundo a Interpol, essa atividade esteja restrita a círculos privados de internautas, a tendência é que comecem a surgir sites comerciais em que o usuário poderá pagar para, por exemplo, manipular a webcam.

"As pessoas podem participar via chat e e-mail, e dizer 'façam isso com a criança, queremos ver aquilo'", disse o policial.

Hamish McCulloch, dirigente da Interpol, destacou a ascensão da "pornografia infantil virtual" --que usa a computação gráfica avançada para criar imagens eletrônicas realistas--, e instou os países a tornar esse tipo de uso da tecnologia um crime.

McCulloch disse que a pornografia infantil virtual é uma grande preocupação para a Interpol, ainda que seja produzida eletronicamente e, na teoria, sem vítimas.

O problema é que as imagens são tão realistas que acabam sendo difíceis de diferenciar de vídeos e fotos reais. Alguns países já vêm enfrentando problemas no julgamento de pedófilos porque eles alegam tratar-se de material simplesmente eletrônico.

Porém, alerta McCulloch, a pornografia virtual instiga os potenciais pedófilos e acaba fazendo com que eles procurem por crianças no mundo físico.

Com Reuters
 

 

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