Games viciam assim como outras drogas, dizem cientistas

da Folha Online

Cientistas reunidos em um congresso de games que acontece esta semana em Ultrecht (Holanda) disseram que o videogame vicia assim como outras drogas.

De acordo com psicólogos, sociólogos e outros profissionais, há evidências de que os games estimulam as mesmas áreas do cérebro atingidas pelo álcool e por outras drogas.

Ao contrário do que acontece com as substâncias viciantes, porém, ainda não existe medicamento para tratar o comportamento compulsivo de um de jogador.

A pesquisa com centenas de jogadores frequentes mostra que metade deles têm problemas amorosos ou familiares por causa do hábito.

Devotos

E mesmo que alguns jogadores digam que estão presos a uma atividade que afeta seus relacionamentos, os cientistas dizem que os fanáticos por jogos de computador não podem ser chamados de viciados. Nesse caso, segundo os especialistas, a palavra é usada no sentido de "devoção".

Para Florence Chee, da Simon Fraser University (no Canadá), jogos como o Everquest --popular RPG (role playing game)-- viciam tanto quanto o trabalho ou a escola.

Preocupação

O interesse científico na indústria multibilionária de games cresceu com grande rapidez nos últimos anos, depois que adolescentes de diversos países se mataram após horas de games violentos. Diversos governos já pressionaram a indústria para colocar alertas de risco à saúde nas embalagens dos jogos.

O coro é engrossado por muitos jogadores que atualmente se descrevem como viciados, disse Stephen Kline, professor de psicologia social e analista de mídia da Simon Fraser University. Segundo ele, 15% dos jogadores do Everquest consideram-se viciados. "E 30% deles podem ser classificados como tal", disse o professor.

Com Reuters
 

 


 

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