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Linux
comandará novos supercomputadores da IBM
Rafael Rigues
A IBM declarou que o Linux será o sistema operacional de sua nova família
de supercomputadores Blue Gene, que deve chegar ao mercado entre 2005 e
2006. Segundo a empresa, as novas máquinas serão capazes de executar um
quatrilhão de operações em ponto flutuante por segundo, ou um petaflop.
O computador mais
poderoso da atualidade, o "Earth Simulator" da NEC, atinge uma
performance máxima de um terço de petaflop. O primeiro computador da
nova série, chamado Blue Gene/L, terá 65 mil "células" de
processamento e 16 terabytes (16 mil de gigabytes) de memória. A previsão
é de que ele chegue ao mercado no final de 2004 ou início de 2005.
A arquitetura da máquina
tem como base o conceito de "data-chips": cada chip terá na
verdade dois processadores, quatro co-processadores matemáticos, 4 MB de
memória e um sistema de comunicação com até 5 redes, o que irá
acelerar o acesso aos dados e a comunicação entre as "células",
aumentando o desempenho do sistema. Comparado com irmãos como o ASCI
White, usado pelo governo americano para simulação de explosões
nucleares, o Blue Gene/L será pequeno: ocupará uma área equivalente a
meia quadra de tênis.
A escolha do Linux como
sistema operacional foi estratégica. A IBM já está familiarizada com o
sistema operacional, e desenvolver um sistema customizado para o novo
computador seria uma tarefa muito cara e demorada. Mesmo assim, será
necessário investir em pesquisa para adequar o software aberto à nova máquina.
Atualmente a IBM já usa um cluster de máquinas Linux para simular o
comportamento de um Blue Gene.
Magnet
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