DNA mais antigo do mundo é
encontrado na Sibéria
O mais antigo DNA já identificado no mundo pode ter sido encontrado preservado
dentro de geleiras na Sibéria. As amostras pertencem a pelo menos 19 famílias
de plantas que existiam no planeta há até 400 mil anos.
O material genético é provavelmente de três a quatro vezes mais antigo do que
qualquer outra seqüência genética já encontrada.
Amostras de solo encontradas dentro do gelo também trouxeram DNA de oito espécies
de animais pré-históricos, entre eles mamutes e bisões que viveram há 30 mil
anos.
Cavando em locais distintos e a diferentes profundidades, a equipe poderá
imaginar antigas paisagens e acompanhar a evolução do meio ambiente desde a pré-história.
O mais antigo DNA já
identificado no mundo pode ter sido encontrado preservado dentro de geleiras na
Sibéria. As amostras pertencem a pelo menos 19 famílias de plantas que
existiam no planeta há até 400 mil anos.
O material genético é provavelmente de três a quatro vezes mais antigo do que
qualquer outra seqüência genética já encontrada.
Amostras de solo encontradas dentro do gelo também trouxeram DNA de oito espécies
de animais pré-históricos, entre eles mamutes e bisões que viveram há 30 mil
anos.
Cavando em locais distintos e a diferentes profundidades, a equipe poderá
imaginar antigas paisagens e acompanhar a evolução do meio ambiente desde a pré-história.
Extinção
Segundo os estudiosos, as ervas dominavam as paisagens mais antigas, mas sua
presença foi declinando até que os arbustos predominassem, há cerca de dez
mil anos.
Isso ajuda a explicar a extinção da maioria dos grandes mamíferos da região
há aproximadamente 11 mil anos, segundo Willerslev.
"Acho que trata-se do mais antigo DNA já encontrado. Outras pessoas já
fizeram esta afirmativa, mas nenhuma delas pode contestar a nossa
descoberta", disse Thomas Gilbert, da Universidade de Oxford, que
acompanhou a pesquisa liderada por pesquisadores dinamarqueses.
Várias afirmativas já foram feitas sobre o mais antigo DNA já encontrado,
como o de dinossauros e bactérias. Mas todas elas são controversas, pois
acredita-se que o DNA antigo possa ter se misturado a seqüências genéticas
modernas.
Os pesquisadores, liderados Eske Willerslev, da Universidade de Copenhagen,
pediram para laboratórios como o da Universidade de Oxford verificar a sua
pesquisa, publicada nesta sexta-feira pela revista Science.
Dúvidas
O cientista declarou que pediu a verificação para evitar dúvidas sobre a
pesquisa. A autencidade da experiência teria sido comprovada.
A descoberta abre aos arqueólogos uma nova janela para o passado, criando um
ambiente mais vivo sobre a diversidade animal e vegetal na época.
"O DNA é muito velho, o que mostra que ele pode ser preservado durante
milhares de anos. Extrair código genéticos de plantas tão antigas assim nos
abre uma nova frente de pesquisa no estudo da evolução humana", disse
Gilbert.
O DNA foi quebrado em pequenos pedaços para ser avaliado. Os cientistas,
portanto, já descartam qualquer possibilidade de recriar as espécies pré-históricas.
"A clonagem é impossível neste momento. Seria preciso ter toda a seqüência
de DNA, e precisaríamos reconstruir células pré-históricas para receber uma
injeção desse DNA", avaliou o cientista.
BBC
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