USP desenvolve prótese de mão sensível a calor e a peso

Diversas pesquisas procuram melhorar o funcionamento de próteses de membros superiores em diversos pontos. Na USP (Universidade de São Paulo), pesquisadores do Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação (Labciber) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) estão desenvolvendo um protótipo de uma prótese da mão humana, apelidada como 'Mão de São Carlos'.

Esse aparelho, encaixado no membro remanescente, terá eletrodos que estarão ligados à pessoa e captarão sinais elétricos dos músculos ao se contraírem. Esses sinais serão interpretados por sensores na prótese que realizarão um de três movimentos possíveis: cerrar o punho, unir o polegar com os dedos indicador e médio e unir o polegar ao lado do indicador dobrado.

Segundo Fransérgio Leite da Cunha, um dos responsáveis pelo projeto, a Mão de São Carlos passará informações táteis de temperatura e força à pessoa através de dispositivos especiais. Sensores de calor e deslizamento vão ordenar movimentos automáticos, para evitar danos, como o arco-reflexo humano.

A prótese deverá ser bastante semelhante à mão humana, com cobertura de borracha, imitando a pele. Ela terá cinco dedos, mas apenas três serão funcionais, os outros dois terão função estética. Segundo Cunha, até o final deste ano o protótipo de bancada da mão inteira deverá estar terminado. Durante o ano que vem, ele espera realizar testes com pacientes e em 2005 ele acredita que a Mão de São Carlos já poderá estar sendo utilizada.

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