Cracker brasileiro terá 6,4 anos de prisão

SÃO PAULO - O cracker de Corumbá (MS) Guilherme Amorim de Oliveira Alves, acusado de participar do desvio de pelo menos um milhão de reais dos clientes dos principais bancos brasileiros, foi condenado na semana passada a seis anos, quatro meses e seis dias de prisão.

Esta é a primeira condenação no país por um crime financeiro cometido via internet. Um de seus comparsas, o policial militar Evanâncy Soares de Alcântara, teve a pena definida em quatro anos, oito meses e 20 dias de prisão.

Alves e Alcântara pertenciam à quadrilha da qual faziam parte ainda a namorada do rapaz, Maria Cecília Faria Martins (de Americana/SP); o pai do garoto, José Geraldo de Oliveira Alves; o policial militar Luciano Godoy Magalhães; e Cleber Robinson Tauber Magalhães, que ajudava na transferência ilegal de dinheiro via web. De acordo com a notícia do jornal Correio do Estado do último dia 2, os demais acusados já foram indiciados, mas serão julgados em outro processo.

Guilherme confessou em fevereiro de 2003 ter clonado os sistemas virtuais de sete bancos brasileiros, entre eles os do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Bradesco e do Itaú. Nestas páginas falsas, hospedadas em servidores de outros países, o grupo conseguia obter dados como número da conta corrente, senha e cartão de crédito das vítimas para fazer a transferência fraudulenta de recursos. O garoto, que hoje tem 19 anos e usava na web o nickname Hwtrap, foi acusado pelo Ministério Público Federal de ser o líder da quadrilha.

Segundo o Correio do Estado, o cracker foi condenado pela juíza da terceira vara da Justiça Federal de Campo Grande, Janete Lima Miguel Cabral, pela invasão online das contas bancárias de clientes de quatro destes bancos. Além da transferência de valores, os golpistas também fizeram compras virtuais e a recarga de créditos em telefones celulares com os números de cartão de crédito obtidos nos sites falsos.

A sentença foi proferida no dia 31 de dezembro, diz o jornal, sem citar o valor real total dos golpes. Mas em apenas um rastreamento feito pelo Banco do Brasil entre os dias 12 e 21 de julho de 2002 foram identificadas 108 transações fraudulentas feitas pela quadrilha. Alves está agora detido na Penitenciária de Segurança de Segurança Máxima, em Campo Grande, segundo o Correio do Estado. Já Alcântara poderá recorrer da sentença em liberdade.

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Hacker confessa clonagem de bancos virtuais

Renata Mesquita, do Plantão INFO

 

 

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