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Polícia
persegue donos de cibercafés na Grécia
da Folha Online
Ser dono de um cibercafé pode trazer sérios problemas com
a polícia se você morar na Grécia.
Em uma medida desesperada para conter a proliferação dos
jogos de azar, o parlamento grego aprovou, em 2002, uma lei
que baniu sumariamente todas as formas de jogo --manuais ou
eletrônicas.
A lei foi criada para impedir que casas de fliperamas
transformassem seus videogames em máquinas caça-níqueis
--como os equipamentos que foram proibidos recentemente no
Brasil, com a decisão do governo de fechar os bingos.
Mas a nova regulamentação grega acabou respingando nos
donos de cibercafés e LAN houses da Grécia --que não
ofereciam nenhum tipo de aposta em seus estabelecimentos,
apenas jogos comuns, como xadrez, simuladores de vôo ou
games de corrida. Desde então, a polícia tem prendido
esses empresários e os tratado como se fossem criminosos.
Foi o que aconteceu com Aris Assimakopoulos, 28, que tem um
café on-line no centro de Atenas. A polícia cercou o
estabelecimento de Assimakopoulos, mandou todos os clientes
embora e confiscou 50 PCs, além de prender um funcionário
que trabalhava no momento da blitz.
A acusação: ter alguns games instalados nos computadores.
"Descobrimos que dos 70 micros, 49 continham jogos
proibidos, como games de futebol, corrida e simuladores de
guerra", disse um dos policiais que participou da
investigação.
Alguns donos de cibercafés chegaram a tentar, em vão,
liminares pedindo a liberação da atividade. Pelo
contrário, uma alteração recente decretou que as casas
só podem ser abertas no nível da rua, para facilitar a
fiscalização pela polícia.
Os empresários do setor esperam que a situação melhore
por causa das Olímpiadas de Atenas, quando a Grécia deve
receber ainda mais turistas do que de costume. "A lei
não pode continuar desse jeito", disse Assimakopoulos.
Com France Presse
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