|
Conservadores
proíbem Internet nas eleições no Irã
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) denunciou
ontem que os conservadores impediram o acesso à Internet no
Irã durante as eleições e pede que acabem com a censura
ideológica, que, segundo a organização, foi intensificada
durante o período eleitoral. A RSF revela em um comunicado
que o juiz Said Mortazavi decretou ontem o fechamento do
site de informação www.emrooz.ws, próximo à corrente
reformista.
"Depois
dos jornais, agora são os sites que sofrem a perseguição
das autoridades", ressalta a RSF, que condena a
decisão judicial e solicita que o acesso ao site seja
liberado. Segundo a RSF, "a Internet é amplamente
utilizada pelos iranianos para se ter acesso a uma
informação independente, apesar do controle exercido pelas
autoridades". "Pedimos aos juízes conservadores
que acabem com a censura ideológica, que se intensificou
durante o período eleitoral".
O site www.emrooz.ws
não pode ser acessado no Irã desde o início do ano, mas
pode ser conectado do exterior. A decisão do juiz Mortazavi
acabará em breve com o acesso ao site, considerado
"prejudicial à segurança" do país. A RSF lembra
que outro jornal independente muito apreciado pelos
internautas iranianos - www.gooyaa.com - também foi
incluído em janeiro na "lista negra" da Internet
no Irã.
O site www.rouydad.ws,
"perseguido pelas autoridades, que impediram de
acessá-lo durante dias", foi "bloqueado
oficialmente no último dia 18 e poderá ser fechado nas
próximas semanas". A RSF explica que seu site (www.rsf.org,
disponível em persa) também está entre as publicações
"filtradas" e "hoje é inacessível no
Irã".
A censura
na Internet, muito repressiva no Irã, é destinada
oficialmente a proteger a população dos conteúdos
considerados imorais, mas "hoje em dia é mais fácil
se ter acesso a sites que a publicações reformistas",
acrescenta a organização.
EFE
|