Usuários
trocam arquivos privados pela Internet
Fotos pessoais, documentos financeiros confidenciais e até mesmo
segredos militares entraram para a lista dos arquivos que os usuários
de computadores podem baixar em suas excursões pela Internet. Milhões
de novos usuários estão procurando por arquivos de mídia usando
programas de troca de arquivos, como o Kazaa, que permitem que os usuários
compartilhem - em geral, ilegalmente - toda espécie de arquivos
armazenados nas pastas de acesso de seus computadores.
Isso faz com que mais e
mais pessoas procurem por arquivos privados e confidenciais, por simples
diversão ou - cada vez mais - com propósitos muito mais sinistros,
dizem os responsáveis por sites que postam documentos e fotos desse
tipo. "Uma maneira pela qual arquivos vêm sendo colocados em
circulação envolve pessoas que levam trabalho do escritório para casa
e o arquivam em seus computadores domésticos nos quais um programa de
troca de arquivos está instalado", disse Rick Wallace, que no mês
passado lançou o site SeeWhatYouShare.
"No escritório, o computador fica protegido por um firewall que
defende a rede, mas muita gente não dispõe desse tipo de proteção em
casa, o que pode gerar lapsos sérios de segurança", afirma.
A segurança de
arquivos e redes se tornou uma questão quente. À medida que mais e
mais usuários inexperientes saem em busca de clipes musicais, filmes,
programas de televisão, pornografia e programas de computador, o número
de computadores com suas portas digitais abertas a invasões aumenta
constantemente. O site BigChampagne, que monitora as trocas de arquivos
online, estima que 8,3 milhões de pessoas usaram redes de trocas de
arquivos em junho, abaixo do pico de 9,3 milhões de usuários
registrado em abril.
Não é preciso ser
hacker para conquistar acesso a arquivos privados dos usuários de
milhares de programas, como o LimeWire ou o BearShare. A maioria dos
firewalls domésticos, que impedem invasão de computadores por pessoas
mal intencionadas, não impede o acesso a arquivos que foram
selecionados para troca.
Reuters
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