EUA
querem criar software para guardar lembranças
Cientistas dos Estados Unidos estudam a possibilidade de criar um
software capaz de armazenar lembranças e reproduzi-las. O anúncio foi
feito hoje, em Valência pela pesquisadora norte-americana Gloriana
Davenport.
Durante a XVI Conferência
sobre Inteligência Artificial, realizada na cidade espanhola desde
domingo, Davenport explicou como os humanos podem armazenar uma
biografia ordenada e lógica nos computadores.
Em primeiro lugar,
disse a pesquisadora, qualquer história narrada ou escrita,
fundamentada em fatos ou ficção, é composta por séries de eventos
que podem ser "armazenados e classificados". A partir do uso
de e-mails, câmaras digitais, telefones celulares, câmaras de vídeo e
outros aparelhos "seria possível elaborar coleções de arquivos
multimídia que juntassem boa parte de nossas vivências", afirmou
a norte-americana.
No entanto, Davenport
explicou que o maior problema para a criação de um software storyteller
(narrador de histórias) efetivo e real está no fato de os computadores
precisarem entender os mecanismos que o homem usa em seu relato.
O problema do tempo e
do armazenamento também são duas grandes barreiras para a equipe que
Gloriana Davenport dirige no Instituto Tecnológico de Massachussets
(EUA).
A execução desse
projeto nos permitiria dispor de programas capazes de oferecer imagens e
vídeos de nossa vida, e o software inclusive poderia ser usado por
outras pessoas para compreender outros pontos de vista de uma mesma história,
destacou a pesquisadora. Atualmente, Davenport trabalha no aperfeiçoamento
desses programas, aos que chama de media fabrics e que são
capazes de movimentar aproximadamente mil imagens por dia e 200 horas de
vídeo por ano.
EFE
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