Robô
vai desafiar humanos no futebol de mesa
Primeiro, foi o computador Deep Blue que jogou contra o campeão de xadrez
Garry Kasparov. Agora, o inocente "totó" está prestes a cair
no domínio das máquinas. Popular em bares e clubes de todo o mundo, o
totó (também chamado fla-flu, futebol de mesa ou pebolim) é um jogo em
que os jogadores usam barras de metal presas a uma mesa para manipular
bonecos de plástico ou metal que representam um time de futebol, com o
objetivo de fazer gols.
Pesquisadores da
Universidade de Freiburg desenvolveram um robô que, dizem eles, deterá o
título mundial da modalidade dentro de uma década. Mais detalhes estarão
num artigo que será publicado na sexta-feira na revista científica britânica
New Scientist.
Os pesquisadores
conectaram as barras de um lado da mesa a motores e um sistema de controle
eletrônico. O fundo da mesa é feito de vidro verde transparente. Debaixo
dela é instalada uma câmera capaz de detectar a posição da bola 50
vezes por segundo e mandar a informação para um computador que é pré-programado
com informações sobre a dinâmica da bola e que calcula se esta pode ser
bloqueada em algumas direções pelos adversários.
Então, o computador
envia o comando para movimentar a barra correta, mas não permite que a
rotação seja superior a 360 graus e sua estratégia consiste em sempre
tentar levar a bola o mais perto possível do gol.
O robô obteve 85% de
sucesso contra um grupo aleatório de jogadores casuais, mas (pelo menos
por enquanto) não é páreo para um para um especialista, advertiu o
chefe da equipe, Bernhard Nebel.
Um bom jogador da Liga
Alemã de Futebol de Mesa (como o totó é conhecido na Alemanha) derrotou
o robô por 10 a 1. "Mas, daqui a três ou cinco anos, o robô será
capaz de derrotar o campeão mundial", desafia Nebel.
A Universidade de
Freiburg licenciou a tecnologia para uma empresa de jogos, que espera
produzir uma versão comercial avaliada em 20 mil euros (US$ 24 mil), e
que será comercializada a partir do ano que vem.
AFP
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